DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

20\03\2022

TÍTULO

O SALMO 80 E UMA DOLOROSA LIÇÃO

TEXTO

O atento leitor das sagradas Escrituras encontra no Salmo 80 um lamento nacional pela triste condição do povo de Deus, resultado dos muitos pecados cometidos pela nação de Israel, sendo eles cônscios da razão de seu sofrimento. Atribuído a Asafe, este salmo de lamentação expressa também a confiança de Israel na restauração que somente seu Deus poderia trazer sobre eles, tornando-se assim em um testemunho precioso do valor de nos voltarmos ao Senhor mesmo em meio as mais duras circunstâncias.

O salmista inicia seu cântico relembrando verdades importantes da história do povo de Israel, como a forma que José dirigia-se ao Senhor no Egito dizendo TUque és pastor de Israel” (verso 1), como também da formação em marcha das tribos de Israel em sua jornada a terra prometida, referindo-se as três tribos que marchavam à frente do povo “Perante Efraim, Benjamim e Manassés” (verso 2). Nos versos 4 a 6 o salmista descreve a condição lastimável da nação de Israel, causada por sua deliberada desobediência “Tu os sustentas com pão de lágrimas, e lhes dás a beber lágrimas com abundância” (verso 5). Tal condição fazia com que as nações vizinhas a Israel zombasse dela (verso 6). Estas lembranças não são ao acaso, o que o salmista deseja é através delas relembrar a seu povo que apenas o Senhor os poderia salvar “Faze-nos voltar, ó Deus dos Exércitos, e faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos” (versos 3 e 7).

A seguir o salmista recorda a forma como o Senhor os havia liberto do Egito e os estabelecido na terra prometida “Trouxeste uma vinha do Egito; lançaste fora os gentios, e a plantaste. Preparaste-lhe lugar...e os seus ramos se fizeram como os cedros de Deus... Ela estendeu a sua ramagem até ao mar, e os seus ramos até ao rio.” (versos 8 a 11). Sua intenção é entender a forma como Israel havia chegado a tal estado de devastação, desprotegida e a mercê de seus inimigos “Por que quebraste então os seus valados, de modo que todos os que passam por ela a vindimam? javali da selva a devasta, e as feras do campo a devoram” (versos 12 e 13).

Ao final de seu cântico o salmista novamente clama pelo socorro do Senhor, pedindo que Deus dos céus olhasse para eles, restaurando sua videira “Oh! Deus dos Exércitos, volta-te, nós te rogamos, atende dos céus, e vê, e visita está vide”. Tal urgência é justificada pela condição lastimável de seu povo “E a videira que a tua destra plantou... Está queimada pelo fogo, está cortada; pereceu pela repreensão da tua face” (versos 15 e 16). Seu pedido é que o Senhor proteja o que sua mão direita havia plantado (verso 17), uma vez que foi o poder do Senhor que havia estabelecido Israel, e somente seu poder poderia restaura-los. Asafe promete ao Senhor que a restauração de seu povo os levaria a novamente adorar a Deus, revertendo a atitude de se afastarem dele “Assim nós não te viraremos as costas; guarda-nos em vida, e invocaremos o teu nome” (verso 18). Por fim, o salmista clama novamente ao único que poderia restaura-los “Faze-nos voltar, Senhor Deus dos Exércitos; faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos” (verso 19).

Nada disso seria necessário se o povo de Deus não houvesse se afastado do Senhor. Que isto nos sirva de lição, a fim de que jamais permitamos que nosso orgulho nos leve longe demais.

 

Comentários

  1. Deus não permita que nosso orgulho cresça! Que o Senhor cresça! E eu diminua. Amém

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