DEVOCIONAL 07\03\2022 A INUTILIDADE DA RELIGIOSIDADE
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
07\03\2022
TÍTULO
A
INUTILIDADE DA RELIGIOSIDADE
TEXTO
O
atento leitor das sagradas Escrituras encontra no terceiro capítulo da carta de
Paulo aos salvos em Filipos uma sábia resposta do apóstolo aos maus obreiros
que aproveitaram de seu aprisionamento a fim de usurpar sua autoridade como
apóstolo de Cristo e como pai da fé daqueles cristãos. Incapazes de sobrepujar
Paulo em seu altruísmo por aquela igreja, os judaizantes se apoiavam em uma
suposta superioridade espiritual baseada em obras e questões religiosas. A resposta
firme de Paulo chamou aqueles homens a uma comparação que, para eles, seria prejudicial,
ao dizer “Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode
confiar na carne, ainda mais eu” (Filipenses 3.4). A expressão “confiar” usada aqui pelo
apóstolo aponta para uma base de confiança,
enquanto o uso da expressão “carne” aponta para tudo aquilo
que a natureza humana é capaz de realizar, tudo aquilo que o ser humano é como
cidadão deste mundo. Faremos em refletir quanto a esta questão.
A fim de demonstrar aqueles
homens a inutilidade daquilo de que se orgulhavam, Paulo passa a demonstrar-lhes
como Deus havia agido em sua vida a fim de que ele compreendesse tal verdade. Para
isso Paulo passa a listar suas credenciais humanas, começando pelas credenciais
ligadas a seu nascimento ao dizer que ele fora “circuncidado ao oitavo dia” o
que confirmava sua condição de um legítimo representante “da linhagem de
Israel”. Sua circuncisão ao oitavo dia de nascimento demonstra que ele era judeu
por nascimento, não um ismaelita, que circuncidavam seus filhos aos 13 anos,
nem
prosélito, que eram circuncidados no momento da conversão ao judaísmo. Não
havia posição superior a esta quanto a linhagem de um homem. Quanto a seus
antepassados, Paulo era nascido na “tribo de
Benjamim”, considerada uma liderança entre as tribos de Israel
e de onde foi escolhido o primeiro rei de Israel. Além disso Paulo era “hebreu
de hebreus”, ou seja, seus antepassados haviam conservado a língua
hebraica, os costumes hebraicos e os ritos religiosos hebraicos. Paulo então
passa a demonstrar suas credenciais religiosas, dizendo que “segundo a lei,
fui fariseu”, ressaltando sua extrema observância da lei mosaica, e ainda “Segundo
o zelo, perseguidor da igreja”, demonstrando sua disposição em perseguir
aqueles que se opunham ou demonstrassem ser uma ameaça à sua religião. Falando ainda
de sua aparente moralidade, o apóstolo acrescenta que se
considerava “segundo a justiça que há na lei, irrepreensível”,
demonstrando que, a seus olhos, até onde ele podia determinar que a lei
requeria, a retidão legal de Paulo era inatacável.
Durante muito tempo Paulo imaginou
que todas estas credenciais eram algo de muito valor e pelas quais valia a pena
lutar, porém, ao reconhecer a verdade do evangelho, Paulo acabou por descobrir que havia
investido sua vida em coisas sem nenhum valor, que o fazia trilhar um caminho
que o conduziria finalmente a perdição. Pela misericórdia de Deus, Paulo
reconheceu a tempo seu engano, como nos diz “Mas o que para mim era ganho reputei-o
perda por Cristo”. Quantas pessoas conhecemos que carregam a mesma
falsa noção quanto a sua religiosidade, tornando-se tão convencidas e obcecadas
por seus supostos méritos religiosos, que se tornam em fim incapazes de
perceber sua miserável condição.
Somente o reconhecimento da
incomensurável beleza de Cristo pode despertar o ser humano de tão terrível
condição.
Paulo um homem culto e religioso,mas miseravelmente perdido até ter um encontro com o Senhor Jesus.
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