DEVOCIONAL 15\03\2022 DUAS ALMAS, DOIS DESTINOS: A ESCRAVIDÃO DOS HOMENS REVELADA PELO ESCRUTÍNIO DO SENHOR

 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

15\03\2022

TÍTULO

DUAS ALMAS, DOIS DESTINOS: A ESCRAVIDÃO DOS HOMENS REVELADA PELO ESCRUTÍNIO DO SENHOR

TEXTO

Os dois homens revelados a nós pelo evangelista Marcos nos capítulos 9 e 10 de seu evangelho se achegaram a Jesus em condições absolutamente opostas. Enquanto um era trazido pelo pai, já desesperançoso de encontrar uma solução a escravidão de seu filho pelo poder dos demônios, o outro achegasse ao Mestre revelando seus invejáveis predicados de um homem religioso e bom. Somos gratos pela verdade que Jesus é capaz de enxergar muito mais profundamente do que nós o que há na alma humana, de forma que faremos bem em examinar o que há de semelhante nestes dois homens.

A respeito do primeiro, descrito no nono capítulo de seu evangelho, Marcos identifica seu estado pelos lábios de seu próprio pai, que diz “Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo” (Marcos 9.17). A descrição de sua condição é impactante, revelando sua miséria “E muitas vezes o tem lançado no fogo, e na água, para o destruir”. Aquele homem vivia dominado e escravizado por aquele espírito, sua vida, sua saúde, sua vontade eram completamente dominadas por ele. Um primeiro olhar sobre o segundo personagem, apresentado por Marcos no décimo capítulo, parece nos apresentar um homem em condição muito diferente, porém apenas até que o Mestre sonde seu coração “E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me”. O que Jesus revela quanto a ele é que sua vida também era escravizada por um mal que lhe abatia, mas que era imperceptível a aos olhos dos demais homens, uma vez que sua religiosidade servia como álibi perfeito as suas intenções. Somente Jesus foi capaz de revelar qual era o verdadeiro deus no coração daquele homem, fato que ficou patente pela forma como respondeu ao chamado do Mestre “Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades” (Marcos 10.21). A escravidão as riquezas haviam dominado o coração dele.

Quão importante é que saibamos que por mais que as demais pessoas nos considerem alguém justo e religioso, por mais que nos reputem como boas pessoas, será diante de Jesus Cristo que teremos nosso grande teste. Diante da Palavra de Deus e do seu Filho Jesus Cristo toda nossa religiosidade, todas as nossas boas obras, toda nossa glória humana é testada e tudo o que realmente há em nosso coração é revelado, como bem aprendemos no evangelho “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mateus 6.21). Não há como fugirmos do escrutínio de Deus, uma vez que seu poder é capaz de sondar o mais profundo de nosso coração, como bem nos ensina o salmista “SENHOR, tu me sondaste, e me conheces” (Salmo 139.1).

Portanto, nos resta reconhecer a necessidade que temos de permitir que Deus sonde e verifique nosso coração de forma profunda e definitiva por meio de sua palavra revelada, como bem nos diz o autor da epístola aos hebreus “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4.12).