A TERRA QUE EMBEBE A CHUVA
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
31\01\2024
TÍTULO
A TERRA QUE EMBEBE A CHUVA
TEXTO
O sexto capítulo da
epístola aos hebreus lança diante dos diligentes leitores das sagradas
Escrituras um dos textos mais desafiadores quanto ao discernimento de sua
destinação. Os versos 4 a 6 deste capítulo estabelece a condição de pessoas
ligadas ao judaísmo e que haviam se aproximado do cristianismo, para logo
depois retornarem as fileiras judaicas. O que o autor desta epístola pretende
em seu argumento é demonstrar a condição de tais pessoas, ao mesmo tempo que
exorta os salvos a respeito do que Deus espera deles. Faremos bem, pois, em
examinar esta verdade.
Ao falar da condição
daqueles que estavam retornando ao judaísmo após tomarem conhecimento da
verdade do evangelho, o autor nos diz que a algo impossível em relação a eles,
o que nos obriga a discernir o que exatamente lhes havia acontecido. O verso 4
nos diz que eles “já uma vez foram
iluminados”, apontando para a função do evangelho em iluminar o
entendimento dos homens quanto a verdade em Cristo. Eles também “provaram o dom celestial”, ou seja, a
revelação dada por Deus aos homens, referindo-se novamente a Cristo e o
evangelho. O autor nos diz que tais pessoas “se tornaram participantes do Espírito Santo”, referindo-se ao
ministério do Espírito em convencer os perdidos “do pecado, e da justiça e do juízo” (João 16.8). Notemos que em
momento algum é nos dito que tais pessoas foram habitadas pelo Espírito Santo.
Também nos é dito que eles “provaram a
boa palavra de Deus”, se referindo que ouviram as boas novas do evangelho,
como também “as virtudes do século
futuro”, ou seja, a esperança baseada nas promessas de Deus em Cristo.
Porém, a respeito destas mesmas pessoas que provaram de tamanho privilégio
espiritual é dito que “recaíram”, significando que, mesmo tomando conhecimento
do evangelho, a decisão daquelas pessoas foi retornar ao judaísmo, onde o autor
nos diz que “é impossível” encontrar a salvação, uma vez que ela é
estabelecida unicamente pela fé no sacrifício perfeito de Cristo. Notemos
também que em momento algum é dito a respeito de tais pessoas que eles creram
em Jesus Cristo, e seu retorno ao judaísmo simplesmente demonstra sua
incredulidade quanto ao Salvador.
A
exortação que vem logo a seguir a esta triste questão procura despertar os
salvos quanto a sua responsabilidade diante de tantos privilégios espirituais
concedidos por Deus a eles, ao dizer “Porque a terra que embebe a
chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles
por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus” (Hebreus
6.7). Assim como a chuva rega a terra, que uma vez trabalhada pelo lavrador
recebe de Deus a benção da colheita, também devem os salvos cumprir sua
responsabilidade, praticando a verdade do evangelho que lhes é apresentada, a
fim de receberem as bençãos decorrentes da obediência. O verso seguinte procura
demonstrar aos salvos as consequências de não cumprirem sua responsabilidade de
praticarem o que lhes é ensinado, dizendo “Mas a que produz espinhos e
abrolhos, é reprovada, e perto está da
maldição; o seu fim é ser queimada” (Hebreus 6.8). Com isto o autor desta
epístola demonstra que não basta, seja aos salvos seja aos perdidos, apenas
ouvirem o que o evangelho tem a lhes dizer, sem que exerçam a fé em sua
verdade. Tais como os judaizantes, que tendo tomado conhecimento da preciosa
verdade do evangelho, voltaram as velhas e caducas práticas do judaísmo, que de
nada lhes aproveitaria.
Por isso se espera dos
salvos que produzam os frutos concernentes aos privilégios recebidos, como lhes
é encorajado por Tiago, ao dizer “Aquele,
porém, que atenta para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não
sendo ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal será bem aventurado no
seu feito” (Tiago 1.25).
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