Devocional 03\09\2020 A EXIGÊNCIA DA VERDADEIRA CONFISSÃO
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
03\09\2020
TÍTULO
A EXIGÊNCIA DA VERDADEIRA CONFISSÃO
TEXTO
Em 1ª João capítulo 1
verso 9 lemos “Se confessarmos os nossos
pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
a injustiça”. O ensino geral deste verso é claro: o pecado interrompe a
comunhão entre o crente e Deus, a confissão é o instrumento para a purificação
e restauração desta comunhão. Infelizmente muito deste precioso ensino tem sido
desprezado pela ignorância voluntária da cláusula condicional “Se”, logo no
início deste verso. Faremos bem em considera-la a luz das Escrituras.
Primeiramente é bom que
entendamos que as promessas de Deus ocupam duas classes distintas: suas
promessas incondicionais, onde Deus se coloca como único garantidor daquilo que
prometeu fazer, tal como o fez com Abrão ao chamar-lhe para sua jornada de fé.
A única condição foi cumprida pelo patriarca em sua arrancada “Sai-te da tua terra, da tua parentela e da
casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei”. A partir deste ponto terra e descendência seriam dadas a ele
independente da condição dele ou de seus descendentes, pois a promessa fora
feita de forma incondicional e graciosa. Porém outro tanto devemos entender no
que diz respeito as promessas condicionais de Deus, tal como a que encontramos
no capítulo 4 da carta aos filipenses onde a promessa a respeito da paz
de Deus somente será provada se a
condição do verso anterior for cumprida “as
vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica,
com ações de graça”. Claramente há uma condição para que a benção prometida
nos seja dada, a isto chamamos de promessas condicionais.
Pois é a esta segunda
classe que pertence a promessa de restauração da comunhão entre os filhos e seu
Pai celestial quando esta é quebrada pelo pecado vergonhosamente cometido. A
não ser que seja satisfeita a exigência não há outra forma de purificação e
restauração. Confessar vem da palavra grega que significa declarar a mesma
coisa, admitir a veracidade da acusação. Nos basta relembrar das agruras de
Davi enquanto escondeu seu pecado, não reconhecendo a ofensa cometida contra o
Senhor. Foi somente quando atendeu a ordem divina e satisfez a exigência
requerida que ele encontrou descanso “Confessei-te
o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor as
minhas transgressões”. Quão vã é a expectativa humana que Deus aliviará o
fardo de pecado de suas costas, enquanto se negam a cumprir a mesma exigência.
Infantilmente pensam que em algum momento Deus se esquecerá das falhas que lhe
ofenderam, ou se cansará de esperar que se arrependam e lhes dará guarida e
descanso. É questão de ordem repetir a fala do sábio “Aquele que encobre as suas transgressões nunca prosperará”. Nunca
é uma sentença definitiva e irrevogável, podendo ser dissipada somente por uma ação:
se confessarmos os nossos pecados.
Por fim, nos cabe uma
justa averiguação. Não é confissão de pecados aquela que trata de fatos
abstratos e que não sejam específicos. Ao confessar seu pecado Davi os tratou
de forma concreta “Porque eu conheço as
minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim”. Confissões
que citam multidões de pecados sem trata-los pelo nome são tão inócuas em sua
eficácia como o próprio ato de encobrir suas falhas, pois não são acompanhadas
pela percepção e reconhecimento de pecados concretos. O Espírito Santo é
propicio em conduzir os filhos de Deus a reconhecer de forma clara e inequívoca
a razão da quebra da preciosa comunhão, levando-os a confissão sincera e
verdadeira, baseada na justiça de Jesus Cristo. Faremos bem em atentar para
esta preciosa verdade.
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