Devocional 19\09\2020 O AUTO ESVAZIAMENTO DE JESUS CRISTO
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
20\09\2020
TÍTULO
O AUTO ESVAZIAMENTO DE JESUS CRISTO
Quem era o homem que
andou por esta terra a dois mil anos atrás? Ao pisar neste mundo Jesus Cristo
não deixou de ser Deus. Então como explicar sua jornada humilde e de sofrimento
entre nós? O texto de Filipenses capítulo 2 nos ensina sobre este grande
mistério “De sorte que haja em vós
o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em
forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas fez a si mesmo de
nenhuma reputação, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à
morte, e morte de cruz”.
O auto esvaziamento de Cristo
foi um ato voluntário que consistiu na desistência do exercício independente de
seus atributos durante sua jornada neste mundo. Foi a união do humano com o
divino a causa desta limitação. Seu auto esvaziamento se deu quando ele assumiu
sua condição humana. O sentido geral aqui é que Cristo se despiu do modo de
existência que lhe era peculiar como Deus, não da sua natureza divina. Ele não
deixou de ser Deus, mas se autolimitou a forma humana. Sua alteração foi uma
mudança de estado: forma de servo em lugar da forma de Deus. Sua personalidade
continuou ser a mesma, Jesus reteve a consciência de ser Deus. O propósito
deste auto esvaziamento era redentor.
Ao dizer que o Senhor
Jesus Cristo “fez a si mesmo de nenhuma reputação”, o apóstolo Paulo usou a
palavra grega kenosis, que pode ser traduzida “a si mesmo se esvaziou”, no
sentido de privou-se, anulou-se. Em
nenhum sentido significa que Jesus Cristo
deixou de ser Deus, mas sim que ele deixou de lado a glória e poderes elevados a fim de realizar a obra da redenção. Cristo pôs
de lado seus atributos e poderes divinos para que pudesse compartilhar
plenamente a condição humana. Em sua segunda carta aos coríntios, o apóstolo
assim aplicou esta verdade “Porque já sabeis
a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez
pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis”.
O auto esvaziamento
de Jesus Cristo, significa que ele foi do mais elevado posto para o mais baixo
possível. Não há posto maior do que Deus e não há posto menor do
que escravo. Um escravo não tem vontade própria, não tem direitos, não tem a
proteção das leis. Serve de instrumento de serviço e é forçado a fazer as
coisas mais árduas e degradantes, sem direito a descanso. Em um sentido Cristo
era realmente um escravo do Império Romano, pois naqueles dias Israel era
dominado por este. O profeta Isaías tratou desta questão sobre o Messias
contrapondo sua condição e sua obra “Eis que o meu servo procederá com prudência; será exaltado, e elevado, e
mui sublime”.
Seu auto esvaziamento permitiu que Jesus fosse
reconhecido em figura humana, ou seja, reconhecido como verdadeiramente humano.
Sua missão exigiu um caminho árduo “E,
achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte,
e morte de cruz”. É impossível não recordarmos se sua oração no Getsemâni “Meu
Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero,
mas como tu queres”. Seu
auto esvaziamento cumpria o propósito do Pai: a salvação dos pecadores.
Que o exemplo do Salvador nos sirva de guia contra todo orgulho que nos
impede de servir ao nosso Deus como o devemos fazer.
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