Devocional 24\09\2020 O SOCORRO SEMPRE PRESENTE DO SENHOR
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
24\09\2020
TÍTULO
O SOCORRO SEMPRE PRESENTE DO SENHOR
TEXTO
Entre
as diversas formas de interpretação do Salmo 121 duas se destacam entre os
leitores e estudiosos da Bíblia. Uma delas entende os versos 1e 2 como uma
sentença afirmativa “LEVANTAREI os meus olhos para os
montes, de onde vem o meu socorro. O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra”. Tal
interpretação entende que o salmista esta contrapondo a fé dos povos cananeus
com a confiança dos judeus em Jeová. O culto idólatra dos baalins era realizado
nos lugares altos, e destes lugares vinha a confiança destes povos em seus
deuses. Para os judeus o auxílio vinha não de um lugar, mas de uma pessoa, o
próprio Deus. Uma outra destacada forma de interpretação do Salmo 121 entende
que o verso 1 é uma sentença interrogativa “Elevo
os olhos para os montes, de onde me virá o socorro?”, sendo o verso 2 sua
resposta “O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra”. É
sobre esta segunda forma de interpretação que desejo discorrer.
O
Salmo 121 faz parte de um conjunto que compreende os Salmos 120 a 134 conhecido
por Cântico dos Degraus, que para alguns historiadores eram cânticos entoados
na escadaria do templo em Jerusalém durante as festas anuais. Outros
historiadores entendem que a melhor designação para este conjunto de salmos
seria Cânticos de Romagem, pois eles seriam entoados durante a peregrinação a
Jerusalém para as festas religiosas. Observando deste prisma, este salmo nos
fornece uma lição maravilhosa a respeito da experiência daqueles homens. Para aqueles que habitavam na região litorânea do território de Israel,
a viagem exigia transpor a íngreme subida entre os vales e a região montanhosa,
onde se encontrava Jerusalém. Alguns historiadores do passado registraram que a
estrada nesta parte montanhosa cobria aproximadamente 24 quilômetros de um
terreno perigoso devido aos precipícios e inseguro por causa dos bandos de
meliantes que costumavam espreitar as caravanas de romeiros. Desta forma o verso
reflete o temor diante do perigo, eles estavam prestes a enfrentar a mais
perigosa fase de sua jornada de adoração ao Senhor, encontrarão precipícios e
homens maus em meu caminho, de onde lhes viria o auxílio e socorro?
Temos a partir do verso 3 uma
demonstração de confiança e dependência do Senhor. As perigosas pedras soltas
na montanha não os impediriam “Não deixará vacilar o teu
pé”; a desatenção durante a subida, causa de muitos acidentes, não os
feriria “aquele que te guarda não tosquenejará”;
se não fosse possível completar a jornada e eles precisassem pernoitar naquele
trajeto, havia uma garantia “Eis que não
tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel”. Seja durante o dia ou a noite
havia alguém a zelar por eles “O Senhor é quem
te guarda; o Senhor é a
tua sombra à tua direita. O sol não te molestará de dia nem a lua de noite”. Por três vezes o salmista repete esta verdade “O Senhor é quem
te guarda”, sua promessa é de um cuidado permanente e eficaz.
No
capítulo 8 da carta aos romanos encontramos uma preciosa promessa a respeito do
cuidado real e constante de Deus sobre nós “Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus
é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio
Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele
todas as coisas?”. Esta é apenas uma outra forma de dizer “O meu
socorro vem do Senhor que
fez o céu e a terra”. Toda glória ao nosso Deus, porque Ele nunca muda.
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