Devocional 26\09\2020 NOSSA ÍNTIMA LUTA ENTRE A DÚVIDA E A FÉ

 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

26\09\2020

TÍTULO

NOSSA ÍNTIMA LUTA ENTRE A DÚVIDA E A FÉ

TEXTO

No capítulo 14 do evangelho segundo Mateus lemos

22. E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco, e fossem adiante para o outro lado, enquanto despedia a multidão.

25. Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, andando por cima do mar.

26. E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo.

27. Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais.

28. E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas.

29. E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus.

30. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me!

31. E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pequena fé, por que duvidaste?

32. E, quando subiram para o barco, acalmou o vento.

33. Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus.

Com certeza um dos pilares de uma vida cristã saudável envolve uma compreensão correta da natureza e caráter da fé salvadora. No texto que lemos os discípulos enfrentam a tempestade em alto sem a presença do Mestre junto a eles no barco. A tempestade rugia quando Jesus repentinamente apareceu andando sobre as águas. O temperamento intrépido de Pedro o impulsiona a desejar o mesmo, e ele vai ao encontro de Jesus andando sobre às águas. O mesmo temperamento audacioso mostrou-se também inconstante e o precipitado discípulo está a afundar. Ao questiona-lo sobre a razão de ter aberto as portas as dúvidas o Mestre pergunta “Homem de pequena fé, por que duvidaste?”. É a resposta a esta pergunta que buscamos “por que duvidaste?”.

Primeiramente devemos entender que não houve nenhum elemento novo entre o momento em que Pedro desce do barco, anda sobre as águas e começa a afundar, as grandes ondas e o forte vento já estavam lá. Essas dificuldades já eram conhecidas muito antes do corajoso discípulo pisar às águas. Não foi uma dificuldade nova e repentina a causa de seu temor e dúvidas. Duvidar significou que Pedro não possuía fé suficiente? Pedro começou muito bem, baseado no conhecimento que possuía do poder de Jesus. Ele saiu do barco convicto que seria capacitado a andar sobre as águas. A tempestade já estava lá quando ele pediu isso ao Mestre. Se Pedro tivesse pisado em um mar calmo no início de sua caminhada sobre às águas e então fosse surpreendido pela tempestade até poderíamos entender sua aflição, mas nada disso aconteceu. Nosso questionamento persiste “por que duvidaste?”.

Esta mesma pergunta nos serve de guia para compreendermos o que ocorreu. Pode o crente ser atormentado por dúvidas em sua caminhada cristã? O caso de Pedro nos mostra que sim. Possuir dúvidas é sinal que não tenho fé? Pedro duvidou, mas exerceu a fé necessária para andar sobre as águas. Esta narrativa nos mostra que o salvo pode ter dúvidas e ainda assim possuir a fé verdadeira. O problema que envolveu Pedro e que atinge muitos de nós é que permitimos que em algumas situações a dúvida nos controlem e não a fé. Ser atacado por dúvidas não é pecado, mas permitir que elas controlem nossa vontade é um erro que não devemos cometer.

Qual a solução para este conflito? A fé deve começar e prosseguir em contemplar Jesus Cristo. A fé salvadora não é um sentimento, mas a convicção de fatos. Pedro começou muito bem, baseado no conhecimento que possuía sobre Jesus, mas infelizmente permitiu que seus olhos fossem desviados em outra direção. É ele mesmo que nos aponta o caminho para vencermos as dúvidas que nos afligem “Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo”.  A resposta adequada as dúvidas é olhar firmemente para Jesus Cristo.

 

 

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