Devocional 30\09\2020 FALTA ALGO

 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

30\09\2020

TÍTULO

FALTA ALGO

TEXTO

No capítulo 10 do evangelho de Marcos temos a narrativa do encontro entre um homem aspirante a vida eterna e o Senhor Jesus Cristo. O texto revela que o encontro entre eles se deu assim pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?”, a resposta do Mestre direta e imediata “Tu sabes os mandamentos”, ao que ele confiantemente respondeu “Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade”. Jesus tem diante de si um homem que expressa grande desejo pelas coisas de Deus, solícito e reverente, apressou-se a ajoelhar-se aos pés do Senhor revelando seu nobre desejo. Não se iluda, a religiosidade humana é capaz de esconder muita coisa debaixo de sua piedosa capa. Observemos com atenção algumas destas coisas.

É importante entendermos que há um nível que  religiosidade, por mais sincera e intensa que seja sua prática, é totalmente incapaz de atingir. No capítulo 7 do evangelho de Marcos o Senhor Jesus nos diz Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as fornicações, os homicídios, Os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem”. A religiosidade, apesar de sua grande influência, atinge apenas as ações exteriores do homem, mas é incapaz de agir no coração. Sua influência é notável nas questões exteriores, mas infrutífera no que diz respeito a criar em nós um coração puro.

Da mesma forma a religiosidade pode servir para encobrir a pecaminosidade do coração humano  ao mesmo tempo que o faz parecer bom aos olhos dos homens. Foi por isso que Jesus exortou aos ultra religiosos judeus Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade”. Exteriormente a religião lhes dava uma aura de santidade, porém também servia para encobrir seus piores pecados.

Talvez a maior mal causado pela falsa percepção que a religiosidade nos dá seja a forma com que ela alimenta nosso orgulho. O Senhor Jesus nos deu um exemplo claro desta verdade no capítulo 18 do evangelho de Lucas E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo”.  A única coisa que a religiosidade deste homem alimentava era seu censo de justiça própria.

Sabedor destas questões, o Senhor Jesus foi terno e sincero para com aquele homem “Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me”. Lhe faltava algo que a religiosidade era incapaz de lhe dar, ele precisava ser liberto de si mesmo e de suas fúteis ambições se desejava obter a vi eterna “Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades”. A religiosidade jamais nos fornecerá uma razão suficiente para abandonar-nos nossos ídolos e nos submetermos a Jesus.

“Eu sou o caminho a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim”.

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