Devocional 05 de outubro O SERVO COM A ORELHA FURADA
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
05\10\2020
TÍTULO
O SERVO COM A ORELHA FURADA
TEXTO
O capítulo 21 do livro de
Êxodo nos apresenta a porção da lei mosaica que trata da escravidão entre
hebreus. A norma apresentada ali visava humanizar a relação entre senhor e escravo,
permitindo que estes fossem libertados após seis anos de serviço. Porém o que
chama nossa atenção é um adendo a esta norma “Mas se aquele servo
expressamente disser: Eu amo a meu senhor, e a minha mulher, e a meus filhos;
não quero sair livre, então seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao
umbral da porta, e seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o
servirá para sempre”. Você percebe que maravilhosa analogia pode ser
traçada entre essa norma e o serviço que prestamos a nosso salvador? Veja como
o escravo com a orelha furada nos ensina preciosas lições de amor.
Primeiro, a orelha furada era a
marca de um escravo que servia por amor. Quando avistados por outras pessoas,
esses escravos eram chamados de servos do amor. Diferentemente de outros
escravos que venderam a si mesmo para saldar dívidas com seus credores, não era
isso que ligava tais escravos a seus senhores, eles serviam por escolha
própria. Reconhecemos que a escravidão é um dos mais pesados
fardos a que um ser humano pode ser submetido, porém não era isto que se via em
um escravo com a orelha furada. Possivelmente ele provara da miséria que a vida
lhe havia proporcionado, e havia encontrado em seu senhor a paz e alegria como
nunca houvera sentido.
Ter sua orelha furada a
fim de servir seu senhor até a morte era algo que precisava obedecer a rígidas
regras. “Então seu senhor o
levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao umbral da porta, e seu senhor
lhe furará a orelha com uma sovela; a
decisão de tornar-se um escravo permanente precisava ser voluntária, ninguém
poderia decidir em seu lugar, somente ele poderia tomar esta decisão. Isso
precisava ser reconhecido publicamente, não poderia ser algo feito em segredo,
tanto as autoridades como as demais pessoas precisavam ter conhecimento deste
fato. Ter sua orelha furada era uma decisão sem volta, para este escravo a lei
que permitia a alforria após seis anos não tinha efeito algum.
Finalmente,
a orelha furada era um testemunho da bondade do senhor daquele escravo. Talvez
as pessoas ao encontrarem um escravo com a orelha furada considerassem que
aquele era um homem condenado a uma vida miserável. Mas a resposta do escravo com a orelha furada era: eu fui um miserável,
meu senhor encontrou-me na mais profunda miséria e dívida pela qual perdi minha
própria vida, e foi ele que mudou meu estado miserável. Seu senhor o
havia recebido cheio de dívidas, na mais completa miséria. Mas ele não levou em
conta seu estado miserável, mudando a vida de seu servo.
Você é capaz de perceber
como sua vida de serviço a Jesus Cristo deve ser semelhante a vida deste servo
com a orelha furada? Servir por amor, voluntariamente e testemunhando da
bondade se seu salvador deve ser a marca dos servos de Cristo, como lemos em
Colossenses capítulo 3 versos 23e 24 “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o
coração, como ao Senhor, e não aos homens. Sabendo que recebereis do Senhor o
galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis”.
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