Devocional 06\10\2020 A FILOSOFIA DE DEUS
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
06\10\2020
TÍTULO
A FILOSOFIA DE DEUS
TEXTO
O significado da palavra filosofia é o amor ao conhecimento, o estudo dos problemas da vida, das razões
porque as coisas são como são. Segundo o entendimento humano o filósofo busca o
conhecimento dentro de si mesmo, porém nós, filhos de Deus, buscamos o conhecimento
de Deus reconhecendo-os como mais elevados que os nossos. Quando nos referimos
a Filosofia de Deus buscamos a causa primária que leva Deus a agir como age. O
capítulo 15 do evangelho de Lucas nos fornece uma ilustração preciosa quanto a
este entendimento. A indagação lançada contra Jesus lança o pano de fundo deste
capítulo “E chegavam-se
a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E os fariseus e os escribas
murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles”. Tanto
as parábolas da ovelha perdida como da dracma perdida são ilustrações da forma de agir de Deus.
Como pode Jesus receber pecadores? Ele os recebe com a mesma alegria que o
pastor de ovelhas encontra sua ovelha desgarrada e que a dona de casa encontra sua
moeda perdida. A mesma alegria que o pai teve ao receber de volta seu filho
perdido. Estas parábolas são uma grande demonstração da divindade de Cristo
porque demonstra sua atitude para com os pecadores, atitude que só Deus pode
demonstrar.
Olhando especificamente para a parábola do filho pródigo, percebemos a
razão dos judeus reprovarem as atitudes de Jesus, eles seguiam sua própria
filosofia, enquanto rejeitavam os princípios que norteiam as ações de Deus. Causou
escândalo aos judeus a atitude do filho mais novo com seu pai, seu desprezo
para com ele, punido com morte pela lei de Moisés. Não há na literatura
oriental nenhuma referência a um filho que tivesse atitude semelhante a este,
tamanha a gravidade do fato. Também lhes causou escândalo a aparente falta de
atitude do pai para com seu filho rebelde assim como a maneira incondicional
que o pai recebe seu filho rebelde após seu arrependimento. Na mentalidade
daqueles homens, ao saber do retorno de seu filho rebelde o pai se assentaria
em frente a sua casa até que o filho, debaixo do olhar de reprovação de todos
ao seu redor, se lançaria de joelhos diante do pai confessando seus pecados.
Porém nada disto aconteceu, foi o amoroso pai que foi em direção ao filho,
amando-o de uma forma inconcebível na mentalidade judaica.
Porém não lhes causou
escândalo a reação desrespeitosa do filho mais velho ao saber da atitude do pai,
para eles essa atitude era justificada. Ao retornar do campo e perceber o que
estava acontecendo, ele se recusa a entrar em casa. Mesmo em desagrado com a
atitude do pai, ele poderia ter esperado o fim da festa para tratar de seu
descontentamento de forma privada. Sua atitude de confrontar o pai em público é
tão desrespeitosa quanto a afronta praticada pelo filho pródigo, porém aos
olhos dos judaizantes sedentos pela condenação de Jesus, aquilo era plenamente
justificável. Mal sabiam eles o quão longe estavam de reconhecer a razão das
ações de Deus.
Voltemos ao início:
Porque Jesus recebia publicanos e pecadores? Porque aos olhos de Deus não há
pessoas melhores ou piores, mas unicamente pecadores necessitados de sua graça.
Não há ninguém melhor que os outros, nem alguém que tenha sido capaz de
acumular méritos ao ponto de exigir de Deus um tratamento diferenciado. Na
próxima vez que julgar os pecados de alguém, lembre-se disto. “Mas era justo alegrarmo-nos e
folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e
achou-se”.
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