Devocional 20\10\2020 VOCÊ É UM CIDADÃO DO CÉU?
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
20\10\2020
TÍTULO
VOCÊ É UM CIDADÃO DO CÉU?
TEXTO
No Livro dos Salmos
capítulo 15 nos deparamos com um questionamento que deveria conduzir nossa
consciência a uma profunda reflexão “SENHOR, quem habitará no teu
tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?”. Ao invés de buscarmos a
resposta das inúmeras posições teológicas que a sua maneira procura responder
esta indagação, deixemos que o próprio Deus o faça, pois é Ele mesmo que
responde ao salmista “Aquele que anda
sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração. Aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem
aceita nenhum opróbrio contra o seu próximo; A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao Senhor; aquele que jura
com dano seu, e, contudo, não muda. Aquele que não dá o seu dinheiro com usura, nem recebe peitas contra o
inocente. Quem faz isto nunca será abalado”.
Primeiramente
entendamos o que a resposta do Senhor não ensina: em momento nenhuma ela nos
encoraja a pensar que a salvação é fruto de nossas obras. Estes versos não
ensinam o que uma pessoa deve fazer a fim de ser salva, mas sim o que uma
pessoa que já foi salva pratica em seu viver. Não há contradição na Palavra de
Deus, de forma que o Salmo 15 não contradiz o ensino de Efésios capítulo 2
versos 8 e 9 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de
vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”, antes confirma o ensino do verso 10 “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas
obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”. A resposta do Senhor ao questionamento
do salmista é apresentar exemplos destas obras que Deus preparou para que os
salvos vivam em sua prática. Esta verdade é ressaltada na carta do apóstolo
Paulo a Tito no capítulo 2 “Porque
a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências
mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e
piamente”, não por acaso a mesma conduta ressaltada no Salmo
15.
Diante desta verdade é necessário
que reconheçamos que a condição espiritual de uma pessoa deve corresponder a
sua conduta de vida. Em momento nenhum as Escrituras garantem segurança a uma
pessoa cujos hábitos de vida são contrários ao padrão da santidade de Deus. Em
Mateus capítulo 7 Jesus responde aos homens que supostamente realizavam grandes
obras em seu nome “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a
iniquidade”. Não
eram os sinais, mas seus hábitos de vida que os condenavam. É o apóstolo João que nos ensina “Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os
filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não
é de Deus”, ressaltando que a salvação introduz uma nova conduta, muito superior a
que tínhamos em nossa incredulidade. O mesmo apóstolo prossegue em sua
argumentação no capítulo 3 de sua primeira carta “Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica
justiça é justo, assim como ele é justo”. Condição espiritual e prática de vida são
novamente unidas para demonstrar nossa cidadania celestial. Isso quer dizer que
os salvos jamais pecam? De forma alguma. Assim como a justiça de Cristo
caracteriza sua conduta, o arrependimento e abandono de atos pecaminosos também
fazem parte de seu caráter, como ensina o apóstolo João “MEUS filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não
pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o
justo”.
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