Devocional 24\10\2020 AS MARCAS DE CRISTO
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
24\10\2020
TÍTULO
AS MARCAS DE CRISTO
TEXTO
Creio que todos nós
sentimos alegria ao relembrar como pessoas amadas deixaram marcas profundas em
nossa vida enquanto nos acompanhavam na jornada da vida. Verdades que nos foram
ensinadas, exemplos preciosos de virtudes cristãs, paciência, desapego, é infindável
a lista de bençãos que recebemos através da convivência com consagrados servos
de Deus. Sendo isto verdadeiro em relação a nós, o que podemos dizer sobre os
mais de três anos em que os discípulos foram testemunhas oculares dos ensinos e
milagres operados pelo Senhor Jesus Cristo? Foi com base em sua própria
experiência que o apóstolo Pedro registrou estas palavras “pois
também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas
pisadas”. Pensemos
naquilo que o Senhor deixou vivamente gravado na mente de seus privilegiados
discípulos.
Penso que uma das
lembranças mais marcantes aqueles homens foi o relacionamento crescente e
amoroso que o Mestre estabeleceu com eles. Mesmo que Jesus e seus discípulos
possuíssem a mesma nacionalidade e costumes, implicando em uma cultura comum,
não devemos nos olvidar que ali estava entre eles o próprio Deus encoberto em
traje humano, convivendo diariamente com suas limitadas criaturas. Jesus Cristo
doou-se pessoalmente em prol do crescimento espiritual e humano daqueles homens
e isso fica evidente na forma cada vez mais íntima que os tratou no decorrer de
seu ministério. Em um primeiro momento Jesus se referiu a eles como servos,
para logo a seguir demonstrar um crescimento em sua relação com eles “Já vos não chamarei servos, porque o servo
não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo
quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer”. Mas é após a ressurreição que este
relacionamento chega ao seu ápice, quando do encontro com Maria no sepulcro “...mas vai para meus irmãos, e dize-lhes”. Quão marcante Jesus foi na vida daqueles
homens ao lhes legar tal comunhão.
Porém é no terreno do
caráter que encontramos um legado ainda maior de Jesus a seus discípulos. Basta
recordar o encontro no cenáculo onde, para surpresa geral, o Mestre se cinge de
uma toalha e passa a lavar lhes os pés. Era o ensino da humildade. Após a ressurreição
seu reencontro com Pedro certamente foi cercado de expectativa sobre a reação
do Mestre diante do discípulo que o negou. Porém o que vemos é o ensino da
restauração de uma vida. Houve também o encontro com o incrédulo Tomé, onde
Jesus, com toda compaixão, socorre a fraqueza de seu inseguro discípulo “Põe
aqui teu dedo, não sejas incrédulo, mas crente”. Não nos surpreende que Jesus
lhes tenha marcado tão profundamente o caráter ao ponto de lhes disser “Nisto
todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”.
Não lhes foi difícil entender o que isto significava, ao ponto do apóstolo João
ter escrito “ORA, antes da festa da
páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para
o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim”. Para eles, Jesus era sinônimo de um
amor sacrificial.
Creio que é salutar questionar a nós mesmos: que marca Jesus Cristo tem
deixado gravado em nós? O que é mais visível em meu caráter, meu egoísmo ou a
compaixão do Mestre? Não foi sem razão que os discípulos receberam a maior
honraria possível ao passarem pela Ásia “e
em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos”. Que
se diga o mesmo de nós.
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