Devocional 07\11\2020 NOSSAS BENÇÃOS GUARDADAS EM JESUS CRISTO

 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

07\11\2020                                                                                 

TÍTULO

NOSSAS BENÇÃOS GUARDADAS EM JESUS CRISTO

TEXTO

O Salmo 80 é uma petição de socorro envolta em um profundo lamento pela condição de disciplina em que se encontrava a nação de Israel, como é descrito nos versos 4 a 6 “Ó Senhor Deus dos Exércitos, até quando te indignarás contra a oração do teu povo? Tu os sustentas com pão de lágrimas, e lhes dás a beber lágrimas com abundância. Tu nos pões em contendas com os nossos vizinhos, e os nossos inimigos zombam de nós entre si”. Fatigados pela disciplina, o povo de dura cerviz reconhece a necessidade da intervenção de Deus, o mesmo Deus ao qual eles haviam abandonado “...desperta o teu poder, e vem salvar-nos. Restaura-nos, ó Deus, e faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos”. O salmista compara a nação a uma videira relembrando a forma como o Senhor havia estabelecido seu povo na terra prometida e a fez grande e próspera “Trouxeste uma vinha do Egito; lançaste fora os gentios, e a plantaste. Preparaste-lhe lugar, e fizeste com que ela deitasse raízes, e encheu a terra”. Porém agora a videira de Deus está arruinada “Está queimada pelo fogo, está cortada; pereceu pela repreensão da tua face”, diz o salmista. Mas é ao voltarmos nossa atenção aos pedidos de socorro do salmista que percebemos a forma como o Senhor respondeu o clamor de seu povo: na pessoa e obra de Jesus Cristo.

Observe a quem o salmista clama no verso 1 “Tu, que és o pastor de Israel”. Impossível não lembrarmos daquele que com grande compaixão olhou para seu povo e os viu como ovelhas que “andavam cansadas e desgarradas como ovelhas que não tem pastor" (Mateus 9.36) e que de si mesmo disse “Eu sou o bom pastor”. Da mesma forma a metáfora da videira nos remete ao capítulo 15 do evangelho de João, onde o Mestre fala a respeito de si mesmo “Eu sou a videira verdadeira” (João 15.1). No verso 14 o salmista clama “Oh! Deus dos Exércitos, volta-te, nós te rogamos, atende dos céus, e vê, e visita esta vide”, pois Deus o fez, como é descrito no capítulo 1 do evangelho de João “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós”. Jesus, o próprio Deus, armou sua tenda em meio a seu povo.

Porém é no clamor de socorro do salmista que percebemos ainda de forma mais concisa como Deus respondeu através de Jesus Cristo a oração de seu povo. Por três vezes é repetido o clamor “resplandece o teu rosto” pedindo que a presença de Deus iluminasse seu povo. Ao iniciar seu ministério Jesus citou a profecia de Isaías “O povo, que estava assentado em trevas, viu grande luz; e, aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou” (Mateus 4.16). Deus voltou seu rosto ao povo na pessoa de Jesus, aquele que é “...a luz do mundo” (João 8.12). No verso 2 o salmista pede a Deus “...desperta o seu poder”, rogando que o poder de Deus fosse manifesto entre eles a fim de os libertar dos povos inimigos que os haviam escravizado. Deus respondeu também este clamor, pois o ministério de Jesus foi repleto de manifestações do poder de Deus, fato que o apóstolo Pedro frisou em sua pregação no dia de pentecostes “Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis”.

Assim como fez com o povo de Israel, Deus está pronto a responder o clamor de seus filhos e ele o fará levando-nos a Jesus Cristo, como o apóstolo Paulo nos revela no primeiro capítulo da carta aos efésios “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”. Deus está pronto a nos abençoar através de Jesus, basta que com fé e sinceridade reconheçamos diante dele nossa necessidade.