Devocional 17\11\2020 A RAZÃO DA BONDADE DE DEUS PARA CONOSCO
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
17\11\2020
TÍTULO
A RAZÃO DA BONDADE DE DEUS PARA CONOSCO
TEXTO
A parábola do filho
pródigo é uma das ilustrações mais profundas e encantadoras já ouvidas entre os
homens. Ninguém a não ser Jesus Cristo poderia sintetizar de forma tão real e
profunda o que há no coração dos homens e demonstra-lo de maneira tão prática através
da experiência daqueles dois filhos. Há muito de cada um de nós nestes
personagens, por isso extraímos desta parábola lições tão preciosas. Porém esta
mesma parábola também nos ensina muito a respeito de nosso pai celestial. Quem,
a não ser o próprio Deus, agiria de forma tão compassiva e misericordiosa com
os pecadores, ao mesmo tempo que nos ínsita a imita-lo em seu profundo amor. Olhar
para a figura do pai nesta incrível parábola nos encoraja a confiança em nosso
Pai celestial.
Lancemos nossa
atenção a atitude do filho mais jovem. Sua petição quanto a parte dos bens que
lhe cabia antecipava algo que somente ocorreria após a morte do pai, quanto
então um terço da propriedade caberia a ele, enquanto dois terços seriam de seu
irmão mais velho. Ele desejava receber imediatamente a herança que lhe cabia a
fim de converte-la o mais rapidamente em dinheiro, com o qual ele poderia
realizar seu desejo de aventurar-se na terra longínqua. Há nesta atitude três
duros golpes contra o pai: ao desejar algo que receberia após a morte do pai
aquele filho o tratou como um homem morto; ao vender sua parte na herança ele
privava seu pai da terra de onde vinha seu sustento, e ao partir de sua presença
aquele filho demonstrou sua indiferença pela pessoa do pai, o que realmente lhe
importava era o que o pai possuía.
Você conhece bem o
desenrolar desta história, a vida dissoluta daquele jovem, sua amarga
experiência após dissipar sua riqueza, seu arrependimento quando a morte lhe
bateu a porta e o retorno a casa do pai. Na cultura dos homens daquele tempo, o
retorno de um filho rebelde ao lar obedecia um protocolo já conhecido; a
expectativa daquelas pessoas é que o pai aguardaria o retorno do filho
rebelde assentado em frente à sua casa,
observado com atenção pelas pessoas daquele lugar; o filho viria e se
prostraria diante dele, reconhecendo seu pecado e clamando por perdão; na
melhor das hipóteses o pai responderia com palavras de perdão e explicaria ao
filho como as coisas seriam a partir dali; o filho então ficaria em casa um
tempo para que seu arrependimento fosse comprovado, até levantar sustento
suficiente para viver de forma independente.
Mas não é isso que
acontece, o pai levantasse e apressasse em direção ao filho, possivelmente ele
teve que arregaçar suas vestes, deixando aparecer parte de suas pernas, algo
considerado vergonhoso naqueles época. O filho começa a dizer o que havia ensaiado,
mas o pai não lhe dá chances de explicar como ele acha que deveria ser tratado.
A atitude do pai fala mais alto que qualquer palavra, o pai lhe dá as melhores
e mais honradas vestimentas, reservadas para dias especiais; o anel simboliza
sua confiança no filho; os sapatos demonstram sua posição, ele não era um
escravo, mas um homem livre; o bezerro cevado, reservado para uma importante
ocasião, agora seria usado para celebra o retorno do filho.
Você realmente entende o
que isto significa? Uma mentalidade carnal jamais compreenderá o valor desta
narrativa, pois uma mente que mede os homens por seus méritos e obras carnais
não pode encontrar qualquer lógica aqui. O fato é que esta ilustração
transcende a lógica, ela navega no terreno da graça divina, onde homem nenhum jamais
poderá reivindicar qualquer mérito. A parábola do filho pródigo é uma preciosa
ilustração do princípio ensinado pelo apóstolo Paulo na carta aos efésios “Porque pela graça sois salvos, por meio da
fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus. não vem das obras, para que ninguém
se glorie”. Todo bem provado pelos homens vem de Deus, tendo origem em sua própria
bondade.
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