Devocional 25\11\2020 UM SALMO DE CONFIANÇA DIANTE DAS AFLIÇÕES

 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

25\11\2020                                                                                 

TÍTULO

UM SALMO DE CONFIANÇA DIANTE DAS AFLIÇÕES

TEXTO

A semelhança do Salmo 3, o Salmo 4 também possui um tom de lamento e confiança diante de uma grande aflição. No salmo anterior o rei Davi enfrentava a oposição levantada pelo seu próprio filho, Absalão, que procurava lhe tirar a vida. Não é possível sabermos se a aflição do Salmo 4 tem a mesma origem, mas sabemos que, independente da fonte de aflição, o Senhor sempre será aquele a quem o salmista recorre e de quem recebe livramento. Este fato fica evidente diante do insistente clamor do verso 1 OUVE-ME quando eu clamo, ó Deus da minha justiça...tem misericórdia de mim e ouve a minha oração”. Davi precisa falar com alguém a respeito de suas aflições, e é ao Senhor que ele recorre. Que esta lição seja gravada profundamente no coração e mente de cada um de nós, é com Deus que tratamos de nossas aflições, pois somente ele pode curar nossa angústia e conceder-nos livramento.

O salmista mantém seu tom de confiança ao reconhecer “o Senhor separou para si aquele que é piedoso; o Senhor ouvirá quando eu clamar a ele” (verso 2). A segurança de Davi repousava sobre o fato que o Senhor lhe conhecia, o Senhor sabia quem era ele quando seu clamor subia a sua presença. Esta confiança lhe leva a exortar-nos com um ensinamento precioso “Perturbai-vos e não pequeis; falai com o vosso coração sobre a vossa cama, e calai-vos”. Davi nos ensina que ninguém está livre de aflições, mas que a atitude certa diante das aflições permite que não pequemos ao enfrenta-las. Davi nos diz para que relembremos ao nosso instável coração que o Senhor jamais falhou em nos socorrer, e que diante desta verdade a nós cabe apenas nos calar. Prosseguindo em recomendar a atitude correta diante das aflições Davi nos diz “Oferecei sacrifícios de justiça, e confiai no Senhor”, ao invés de nos desesperarmos e agirmos com estultícia diante das aflições, somos exortados a manifestar sensatez e domínio próprio, características daquele que está firme sobre a rocha.

Concluindo suas palavras de encorajamento diante das lutas o salmista nos deixa saber o questionamento dos homens ímpios diante das aflições “Muitos dizem: Quem nos mostrará o bem?”. A indagação daqueles que rejeitam depender do Senhor é que não há ninguém além do próprio homem que possa socorre-lo diante das aflições. Ao ouvir estas palavras, Davi clama pelo testemunho do próprio Deus “Senhor, exalta sobre nós a luz do teu rosto”, demonstrando o valor do socorro de Deus diante das aflições. Sua primeira afirmação é contundente “Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se lhes multiplicaram o trigo e o vinho”. A alegria dos homens que rejeitam confiar em Deus vem das coisas terrenas que podem acumular, e assim que elas se esgotam, sua alegria também se esvai. O salmista, pelo contrário, prova da alegria do Senhor mesmo em meio a mais dura aflição, algo que para aqueles homens é absolutamente impossível. Seu segundo argumento é ainda mais avassalador “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança”. Qual homem é capaz de descansar em paz enquanto atravessa um período de lutas e provações? As aflições perturbam os homens e lhes roubam o descanso do sono. Mas para aquele que confia no Senhor o sono da noite é reparador e seguro, mesmo em meio a mais intensa tempestade.

O capítulo 16 do livro de Atos nos ilustra maravilhosamente bem esta lição, descrevendo a reação de Paulo e Silas ao serem presos por pregarem o evangelho “E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão...E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam” (Atos 16.23,25). Regozijar-se em meio as aflições é privilégio dos salvos, enquanto aguardam o livramento do Senhor.

 

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