Devocional 27\11\2020 A PIOR DAS ESCOLHAS
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
27\11\2020
TÍTULO
A PIOR DAS ESCOLHAS
TEXTO
Até
onde vai a dureza do coração humano? Não nos faltam relatos, bíblicos ou
seculares, de manifestações de incredulidade e dureza dos homens mesmo diante
das consequências de seus atos pecaminosos. Esta insensibilidade é agravada
pela disposição humana em rejeitar o apelo de Deus a que se arrependam e mudem
seu caminho, e aqui o exemplo de Caim nos serve de profunda ilustração. Quando
Caim praticou o homicídio contra seu irmão Abel possivelmente seus pensamentos
o levaram a crer que tal ato ficaria encoberto e impune, porém o Senhor deixou
claro a ele que não seria assim. Faremos bem em examinar a postura de Deus e a postura de Caim diante
deste triste episódio.
A forma como Deus reagiu ao homicídio praticado por Caim nos ensina
muito a respeito de quem é o Senhor, que em todo tempo agiu para resgatar Caim
de sua própria incredulidade. O Senhor inicia clamando a consciência de Caim “E disse
Deus: Que fizeste?” (Gênesis
4.10), esta confrontação direta deveria levar Caim a cair em si mesmo,
confessando e se arrependendo de seu ato, mas não é o que ocorre. O Senhor
então age de forma ainda mais explícita “A
voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra” (verso 10), deixando
claro a Caim que seu crime fora descoberto e que a terra embebida do sangue de
Abel testemunhava contra ele, mas mesmo diante das evidências Caim não se
arrependeu. O Senhor então apela as consequências do ato de Caim “E agora
maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber da tua
mão o sangue do teu irmão. Quando lavrares a terra, não te dará mais a
sua força; fugitivo e vagabundo serás na terra” (versos 11,12), e mesmo assim não há mudança
na atitude de Caim, seu coração permanece endurecido e ele se nega a curvar-se
diante da autoridade de Deus. As palavras de Caim em resposta ao Senhor revelam
o que há em seu coração “É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada” (verso 13), estas palavras demonstram que Caim
reconhecia o peso de seu pecado, mas não estava disposto a capitular de sua
rebelião. Ao invés de voltar-se para Deus ele escolhe outro caminho “da tua
face me esconderei” (verso 14).
Quão
grandes lições esta narrativa nos apresenta. Em primeiro lugar, veja que em
momento algum o Senhor demonstra que o pecado de Caim não poderia ser perdoado
e sua condição mudada. A responsabilidade por
permanecer sofrendo as consequências do pecado é inteiramente do ser humano,
que rejeita a superabundante graça oferecida por Deus como manifesta no
evangelho: “mas, onde o pecado
abundou, superabundou a graça” (Romanos 5.20). Devemos também reconhecer que o Senhor usou todos os meios disponíveis para que Caim
reconhecesse seu pecado e se refugiasse no sacrifício expiatório, a intenção de
Deus sempre é nos salvar, como o evangelista Lucas registrou “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia
perdido” (Lucas
19.10). Finalmente, diante da recusa de Caim, o Senhor permitiu que ele
colhesse as consequências de seu orgulho
e da dureza de seu coração, da forma como o apóstolo Paulo descreveu aos
romanos “Mas, segundo a tua dureza e teu coração
impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de
Deus” (Romanos 2.5).
Infelizmente
Caim é um exemplo de como o homem pode reconhecer seus pecados sem
abandona-los. A pior escolha que uma pessoa pode fazer é a de não tratar de
seus pecados da forma como Deus ordena que sejam tratados, e a Bíblia é muito
clara a respeito das consequências de agirmos assim “Aquele que encobre as suas transgressões jamais prosperará, mas aquele
que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Provérbios 28.13).
Comentários
Postar um comentário