Devocional 30\11\2020 O SALMO 5 E A SUBMISSÃO A DEUS EM MEIO AS AFLIÇÕES

 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

30\11\2020                                                                                 

TÍTULO

O SALMO 5 E A SUBMISSÃO A DEUS EM MEIO AS AFLIÇÕES

TEXTO

O Salmo 5 nos revela um contexto bem conhecido da vida do rei Davi, a constante ameaça de seus inimigos a seu reinado e a sua vida. Reconhecemos nas narrativas a respeito do reinado de Davi que pelo menos oito importantes povos inimigos foram vencidos em guerras travadas por ele, porém não devemos nos olvidar que Davi enfrentava também inimigos internos dentro da própria nação de Israel, que ameaçavam e instigavam a rebelião contra seu reinado. É a respeito destas ameaças internas que este salmo trata. O Salmo 5 inicia com uma forte característica dos escritos de Davi: seu clamor a Deus diante das aflições DÁ ouvidos às minhas palavras, ó Senhor, atende à minha meditação. Atende à voz do meu clamor, Rei meu e Deus meu, pois a ti orarei” (versos 1,2). A prática encorajada por Davi é de que o Senhor deve ser sempre a primeira pessoa a quem buscamos auxílio em nossas aflições.

Este salmo nos permite contemplar o coração justo de Davi. Como rei ele poderia responder aos ataques maldosos de seus inimigos da mesma forma maliciosa e fraudulenta com que era atacado, mas Davi se nega a agir como seus opositores. Sua razão é clara “Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniquidade, nem contigo habitará o mal” (verso 4). Davi teme ao Senhor, ele não poderia responder aos ataques de seus inimigos usando meios reprovados por Deus, pois reconhece “Os loucos não pararão à tua vista; odeias a todos os que praticam a maldade. Destruirás aqueles que falam a mentira; o Senhor aborrecerá o homem sanguinário e fraudulento” (versos 5,6). Quão importante é que reconheçamos este princípio praticado por Davi, reconhecendo que a mesma instrução é dirigida a nós na epístola aos romanos “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Romanos 12.21). Ao invés de agir de forma vingativa, Davi recorre a Deus “...guia-me na tua justiça, por causa dos meus inimigos; endireita diante de mim o teu caminho” (versos 7,8). Que o homem segundo o coração de Deus seja nosso exemplo de atitude diante de injustas adversidades.

É também importante salientar a forma como Davi reconheceu o grande perigo a que estava exposto, pois seus inimigos agiam como se fossem leais amigos usando da falsidade de lábios contra ele “Porque não  retidão na boca deles; as suas entranhas são verdadeiras maldades, a sua garganta é um sepulcro aberto; lisonjeiam com a sua língua” (verso 9). Davi mais uma vez demonstra um coração justo, ao reconhecer que cabia a Deus, e não a ele, tratar com tais pessoas “Declara-os culpados, ó Deus; caiam por seus próprios conselhos; lança-os fora por causa da multidão de suas transgressões, pois se rebelaram contra ti” (verso 10). A atitude de Davi nos recorda a instrução do apóstolo Paulo Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor” (Romanos 12.19). Como filhos de Deus devemos nos revestir desta verdade, somente o Senhor tem autoridade para julgar os homens, por mais ímpios que estes sejam.

Devemos refletir a respeito do modo com que Davi enfrentou a oposição de pessoas tão próximas a ele: em momento nenhum ele usou as armas da malícia e da falsidade, ele não permitiu que o mal vencesse, negando-se a agir de forma vingativa. A razão para seu comportamento é definida nos últimos versos deste salmo, “Porém alegrem-se todos os que confiam em ti; exultem eternamente, porquanto tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome. Pois tu, Senhor, abençoarás ao justo; circundá-lo-ás da tua benevolência como de um escudo” (versos 11,12). Para as pessoas deste mundo o comportamento de Davi é qualificado como covardia, mas nós, filhos de Deus, reconhecemos a atitude de Davi como submissão, que é a atitude que nosso Pai celestial espera de nós.

 

 

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