Devocional 04\12\2020 A LIÇÃO DO QUARTO MANDAMENTO

 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

04\12\2020                                                                                 

TÍTULO

A LIÇÃO DO QUARTO MANDAMENTO

TEXTO

Entre os dez mandamentos registrados nas tábuas de pedra que o Senhor entregou a Moisés, com certeza o quarto deles é o que mais se reveste de disputas e controvérsias. Ao ordenar a nação de Israel “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar” (Êxodo 20.8), o Senhor estabelece um memorial baseado na cessação do trabalho “...não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas” (Êxodo 20.10). Seu objetivo é servir de alento ao trabalho semanal “Seis dias farás os teus trabalhos, mas ao sétimo dia descansarás; para que descanse o teu boi, e o teu jumento; e para que tome alento o filho da tua escrava, e o estrangeiro” (Êxodo 23.12).

A função memorial do descanso sabático é claramente estabelecida nas Escrituras, em primeiro lugar como um memorial da obra divina da criação “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou” (Êxodo 20.11). Sua função também é relembrar  a libertação da escravidão no Egito “Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; por isso o Senhor teu Deus te ordenou que guardasses o dia de sábado” (Deuteronômio 5.15). Porém sua principal função memorial aponta para a aliança entre o Senhor e a nação de Israel “Certamente guardareis meus sábados; porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica. Portanto guardareis o sábado, porque santo é para vós” (Êxodo 31.13,14).

O descanso sabático fazia com que toda atividade de produção para suprimento das necessidades do povo não fosse praticada neste dia. Havia uma lição de cunho espiritual: ensinar o povo a depender de Deus em suas necessidades, “Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra” (Êxodo 20.9,10). O Senhor não limitou esta lição espiritual a apenas um dia da semana, a cada ciclo de sete anos havia um ano em que a terra não deveria ser semeada “Seis anos semearás a tua terra, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos; Porém ao sétimo ano haverá sábado de descanso para a terra” (Levítico 25.3,4). O alvo deste ano de descanso era o mesmo “E se disserdes: Que comeremos no ano sétimo? Eis que não havemos de semear nem fazer a nossa colheita; então eu mandarei a minha bênção sobre vós no sexto ano, para que dê fruto por três anos” (Levítico 25.20,21). Ainda a cada sete ciclos de sete anos a terra deveria descansar por dois anos seguidos “O ano quinquagésimo vos será jubileu; não semeareis nem colhereis o que nele nascer de si mesmo, nem nele vindimareis as uvas das separações” (Levítico 25.11). Em tudo isto o Senhor estava lhes ensinando a confiar nele.

Não há nenhum mandamento bíblico que ordene a igreja ao descanso sabático, o sábado foi abolido por ser um sinal entre Deus e Israel apenas, não tendo qualquer aplicação legal para os salvos. Mas seus princípios permanecem, e são valiosos. Reservar um dia exclusivamente aos afazeres do Senhor, testemunhando a este mundo que nosso Deus deve ser servido e buscado acima de qualquer interesse material certamente o honrará, cumprindo assim a ordem do Mestre “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33). Esta é a grande lição do quarto mandamento.