Devocional 09\12\2020 A COURAÇA DA JUSTIÇA
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
09\12\2020
TÍTULO
A COURAÇA DA
JUSTIÇA
TEXTO
Voltemos
nossos olhos a armadura de Deus descrita no capítulo 6 da epístola aos efésios,
a segunda peça desta armadura é chamada pelo apóstolo Paulo de ‘a couraça da
justiça” (Efésios 6.14). O modelo usado pelo apóstolo é o peitoral que os soldados romanos vestiam a fim de defender
tórax e abdômen dos golpes desferidos pelo inimigo. A principal característica
da couraça era ser capaz de suportar os mais pesados golpes sem rasgar-se ou
despedaçar-se, sendo vital para a segurança do combatente. Aplicando esta
característica a metáfora da armadura espiritual concedida por Deus aos salvos,
Paulo nos diz que o material que forma esta couraça espiritual é a justiça de
Cristo revelada no evangelho “Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus,
tendo o testemunho da lei e dos profetas; Isto é, a justiça de Deus pela fé em
Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença” (Romanos 3.21,22). Esta justiça de Cristo torna o
pecador aceitável diante de Deus sem que este tenha realizado qualquer obra que
o torne merecedor desta dádiva. A comunhão entre Deus e o pecador e todas as
bençãos concedidas a este encontram na justiça de Cristo sua única causa, ou
seja, tudo o que recebemos de Deus é concedido tendo por base sua graça e não
nosso merecimento.
Entre
as astutas ciladas do diabo (Efésios 6.11) está a estratégia de convencer os
filhos de Deus que a segurança eterna prometida por Cristo está na dependência
das obras humanas e não na definitiva e perfeita obra realizada na cruz. Uma
vez que o inimigo dos salvos é incapaz de anular a plena segurança de salvação que
possuem em Cristo (Romanos 8.38,39), ele procurará os debilitar através da
manipulação de suas emoções, os levando a acreditar que praticaram algum pecado
que tenha levado Deus a se afastar deles ou que estão aquém da perfeição
exigida pelo Senhor. Levar o salvo a sentir-se incapaz e derrotado dará a
satanás uma grande vantagem, pois assim terá minado sua dependência e confiança
em Cristo pelo simples ato de desviar seus olhos do salvador. Tais pessoas são
levadas a esquecer que a razão pela qual Deus lhes salvou é unicamente a obra
redentora de Jesus Cristo em favor delas, e não suas próprias obras. Elas estão
tentando combater satanás e o reino das trevas usando uma couraça inadequada,
formada por suas melhores intenções, que não possuem poder algum para vencer o
mal.
Como
deve o salvo combater esta nefasta artimanha maligna? Em primeiro lugar deve
confessar ao Senhor o orgulho e incredulidade praticados na frustrada tentativa
de andar por suas próprias forças a margem de Jesus Cristo. Jamais deve o salvo
esquecer-se do precioso ensino do Mestre “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu
nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15.5). Que os maus resultados colhidos longe da comunhão com
Cristo convençam a todo salvo desta urgente necessidade. Também fará bem ao
salvo recordar-se da insegurança e fragilidade provadas por aquele que desvia
seus olhos de contemplar Jesus Cristo. O inconstante Pedro provou desta verdade
durante sua incrível experiência de andar sobre as águas. Tudo ia bem, até que
a autoconfiança de Pedro o levou a perder de vista seu alvo, desviando seus
olhos do poder de Cristo “Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e,
começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me!” (Mateus 14.30). É insensatez lutar a batalha
da fé tendo os olhos postos em si mesmo. Sabendo dos pesados golpes desferidos
pelo inimigo o Senhor nos concedeu uma couraça indestrutível, usa-la de forma
sábia e humilde com certeza nos conduzirá a vitória.
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