Devocional 11\12\2020 A UNÇÃO ESPIRITUAL A LUZ DAS ESCRITURAS
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
11\12\2020
TÍTULO
A UNÇÃO ESPIRITUAL A LUZ DAS ESCRITURAS
TEXTO
É
notório como o meio dito evangélico corrompe expressões bíblicas a fim de
salientar pontos de vistas que satisfaçam o orgulho humano, e tal pode ser dito
a respeito do ensino do apóstolo João em sua primeira epístola “E vós
tendes a unção do Santo, e sabeis todas as coisas” (1 João 2.20). Encontramos homens e mulheres dispostos a interpretar
esta unção de uma forma muito além daquela que a Bíblia lhe dá. Este pensamento
encontra suas raízes na prática gnóstica nos dias do apóstolo João, onde os
iniciados nesta seita eram ungidos a fim de serem conduzidos a supostas
verdades superiores. Seja nos dias do apóstolo João ou em nossos dias, o
objetivo desta fábula segue sendo a mesma, conferir a homens e mulheres que
atingiram este pseudo nível espiritual uma áurea de hiper espiritualidade que
deve ser buscada a qualquer preço, além de invejada por aqueles que falharam em
obtê-la.
Primeiramente,
esta questão pode ser logo esclarecida se aceitarmos a noção bíblica a respeito
da unção recebida pelo Senhor Jesus apresentada no livro de Atos “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o
Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os
oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (Atos 10.38). Fica evidente neste verso que a unção
espiritual recebida por Jesus se refere a própria presença do Espírito Santo
habitando nele. Quando João diz que “Deus era com ele” a referencia é
que Deus Pai enviou a Deus Espírito para que este revestisse Jesus de Nazaré
com poder através de sua habitação, conferindo-lhe o poder de realizar sinais e
maravilhas que confirmavam seu ministério messiânico. Em suma, a unção
espiritual como apresentada na Bíblia trata-se de uma condição, a habitação do
Espírito Santo, e não de uma experiência transcendental. Reforça esta verdade o
fato que encontramos no Novo Testamento apenas três ocorrências da palavra
unção, todas elas na primeira carta do apóstolo João (1 João 2.20,27). Estás
três ocorrências apontam para o mesmo sentido, a presença permanente do
Espírito Santo nos salvos.
Esta mesma verdade é
ressaltada em outras porções das Escrituras, ligando o Espírito Santo com a
unção resultante de sua presença, como no ensino do apóstolo Paulo aos
coríntios “Mas o que nos confirma convosco em Cristo, e o que nos
ungiu, é Deus, o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em
nossos corações” (2 Coríntios 1.21,22). Esta verdade fica também evidente
quando cruzamos a citação do apóstolo João em sua primeira carta quando diz “E a unção que vós recebestes dele, fica em
vós” (1 João 2:27), com o ensino de seu evangelho “O Espírito de verdade, que o mundo não
pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita
convosco, e estará em vós” (João
14:17), demonstrando novamente que a presença do Espírito Santo é a unção dos
salvos. Quando as Escrituras se referem a Jesus Cristo o conceito de que
ele foi ungido pela presença do Espírito Santo permanece, como na descrição do
evangelista Lucas “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois que
me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os contritos de coração”
(Lucas 4.18).
Fica assim demonstrado que uma simples
consulta as Escrituras é suficiente para esclarecer a mente em relação a esta
verdade. Certamente alguns se levantarão contra este ensino tendo por base
pseudo experiências sobrenaturais e usando-as como base de suas alegações. Ao
verdadeiro crente basta a exortação do apóstolo Paulo aos coríntios quanto ao
método de investigação que devemos praticar “Mas nós não
recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que
pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com
palavras que a sabedoria humana ensina, mas com as que o Espírito Santo ensina,
comparando as coisas espirituais com as espirituais” (1 Coríntios 2.12,13).
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