Devocional 13\12\2020 A NECESSIDADE DE UMA ATITUDE RADICAL DIANTE DO PECADO
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
13\12\2020
TÍTULO
A NECESSIDADE DE UMA ATITUDE RADICAL
DIANTE DO PECADO
TEXTO
Um
dos maiores males praticados em nosso tempo é a falta de discernimento por
parte do povo de Deus quanto a malignidade do pecado. A deliberada
desobediência aos princípios que norteiam a vida cristã é justificada pelo
relativismo que marca nossa era e sua consequência é desastrosa, como previu o
profeta Isaías “Ai dos que ao mal
chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do
amargo doce, e do doce amargo!” (Isaías 5.20). O povo de Deus sabe o que é pecado, falta-lhe a convicção
necessária para arrepender-se e abandonar aquilo que o Senhor reprova,
independente do custo desta ação.
Esta atitude tão urgente e necessária encontra
eco na narrativa do livro de Esdras quando da volta do povo judeu a sua terra
após os setenta anos de cativeiro na Babilônia. Quando o rei Ciro ordenou que o
povo reconstruísse o templo e a cidade (2 Crônicas 36.23), o escriba Esdras foi
enviado a Jerusalém junto de levitas e sacerdotes para restaurar o culto ao
Senhor. Além de todas a dificuldades logísticas, Esdras teve de combater também
contra o pecado praticado pelo seu povo, descrito no capítulo 9 “O povo
de Israel, os sacerdotes e os levitas, não se têm separado dos povos destas terras,
seguindo as abominações dos cananeus...Porque tomaram das suas filhas para si e
para seus filhos, e assim se misturou a linhagem santa com os povos dessas
terras” (Esdras 9.1,2). O povo de Israel era conhecedor que o Senhor abominava
a união matrimonial de seus filhos com os povos pagãos, e neste caso a situação
era agravada pelas condições encontradas “Todos
estes tomaram mulheres estrangeiras; e alguns deles tinham mulheres de quem
tiveram filhos” (Esdras 10.44). Para restabelecer o culto ao Senhor
era necessário tratar desta situação, e Esdras se dispôs a fazê-lo.
A primeira atitude de Esdras foi reconhecer a
gravidade da situação, como descrito no capítulo 9 “E, ouvindo eu tal coisa,
rasguei as minhas vestes e o meu manto, e arranquei os cabelos da minha cabeça
e da minha barba, e sentei-me atônito. Então se ajuntaram a mim todos os que
tremiam das palavras do Deus de Israel por causa da transgressão dos do
cativeiro” (Esdras 9.3,4). É
importante salientar que Esdras não apresentou justificativas pelo pecado do
povo “Meu Deus! Estou confuso e
envergonhado, para levantar a ti a minha face, meu Deus; porque as nossas
iniqüidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido
até aos céus” (versos 5,6). Esdras também reconhece que o pecado era a
causa do infortúnio de sua nação “Desde os dias de nossos pais até ao dia de hoje estamos em
grande culpa, e por causa das nossas iniqüidades somos entregues, nós e nossos
reis e os nossos sacerdotes, na mão dos reis das terras, à espada, ao
cativeiro, e ao roubo, e à confusão do rosto, como hoje se vê” (verso 7). Era
necessária uma atitude drástica, por isso o apelo de Esdras é urgente “eis que
estamos diante de ti, na nossa culpa, porque ninguém há que possa estar na tua
presença, por causa disto” (verso
1 a 5). Mesmo diante de um preço tão alto, o povo ouviu o apelo de Esdras e
tomou a decisão necessária “Nós temos transgredido contra o nosso Deus, e
casamos com mulheres estrangeiras dentre os povos da terra, mas, no tocante a
isto, ainda há esperança para Israel. Agora, pois, façamos aliança com o nosso
Deus de que despediremos todas as mulheres, e os que delas são nascidos,
conforme ao conselho do meu senhor, e dos que tremem ao mandado do nosso Deus” (Esdras 10.1 a 4).
É difícil para nós imaginarmos como foi para
estes homens tomarem esta decisão e a cumprir. A convicção demonstrada por eles
quanto a gravidade de seu pecado e sua decisão de voltar-se para o Senhor é uma
das atitudes de maior impacto descritas na Bíblia. Talvez você considere que o
que aqueles homens fizeram seja radical demais, então é bom que encerremos a
questão ouvindo o que o próprio Senhor Jesus nos diz “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e
mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida,
não pode ser meu discípulo” (Lucas 14.26). Que entendamos esta verdade
para nosso próprio bem.
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