Devocional 26\12\2020 O SALMO 10 E O CLAMOR DOS INJUSTIÇADOS
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
26\12\2020
TÍTULO
O SALMO 10 E O CLAMOR DOS INJUSTIÇADOS
TEXTO
O
Salmo 10 descreve uma das mais tristes condições a que um ser humano pode ser
submetido, o de ter sua vida e direitos violados através da violência praticada
pelos homens ímpios. Neste salmo contemplamos o clamor de um homem oprimido
pela violência, que em seu desespero pensa que Deus se esqueceu dele “POR QUE estás ao
longe, Senhor? Por
que te escondes nos tempos de angústia?” (verso 1). Este salmo de lamento termina por
reconhecer que Deus é o grande protetor daqueles que o buscam e temem, para o
bem deles.
A perseguição promovida pelos homens ímpios aqueles que eles julgam
desprotegidos ou fracos é recorrente na história humana, representada nos
primórdios pela violência praticada por Caim e pela impiedade sem limites de
Lameque. Por isso o salmista diz “Os ímpios na sua arrogância perseguem furiosamente o
pobre”. O procedimento dos ímpios
é descrito em detalhes pelo salmista “Põe-se de emboscada nas aldeias; nos
lugares ocultos mata o inocente; os seus olhos estão ocultamente fixos sobre o
pobre. Arma ciladas no
esconderijo, como o leão no seu covil; arma ciladas para roubar o pobre; rouba
o pobre, prendendo-o na sua rede. Encolhe-se, abaixa-se, para que os pobres caiam em suas fortes garras”
(versos 8 a 10). Aparentemente não há escape
para aqueles que são perseguidor, e sua morte e destruição parecem inevitáveis.
O salmista então passa a contemplar o fato que não é somente contra os
fracos que os homens ímpios se levantam, mas que sua arrogância também é
dirigida contra Deus “Porque o ímpio gloria-se do desejo da sua alma...e
renuncia ao Senhor. Pela altivez do seu
rosto o ímpio não busca a Deus; todas as suas cogitações são
que não há Deus...Diz em seu coração: Não serei abalado, porque
nunca me verei na adversidade” (versos 3 a 7). Concluindo em seu coração
enganoso que Deus jamais o chamará a juízo “Deus esqueceu-se, cobriu o seu
rosto, e nunca isto verá” (verso 11).
A verdade refletida neste salmo é que grande parte da humanidade não
possui meios ou condições de resistir ao ataque daqueles que se consideram no
direito de oprimir aos mais fracos. A única alternativa que lhes resta é clamar
pelo socorro de Deus “Levanta-te, Senhor.
Ó Deus, levanta a tua mão; não te esqueças dos humildes...a ti o pobre se
encomenda; tu és o auxílio do órfão” (versos 12 e 14).
Ao fim de seu relato
o salmista considera três verdades a respeito do Senhor. Primeiramente, Deus é
aquele que reina soberano sobre todas as coisas, e ninguém pode resistir a sua
vontade “O Senhor é Rei
eterno; da sua terra perecerão os gentios” (verso 16). Da mesma forma o Senhor é aquele que ouve o clamor dos
injustiçados, trazendo conforto ao coração aflito “Senhor, tu ouviste os desejos dos mansos; confortarás os
seus corações; os teus ouvidos estarão abertos para eles”
(verso 17), e ainda. A certeza que a justiça de Deus reinará sobre a terra é a
esperança do salmista “Para fazer justiça ao órfão e ao oprimido, a fim de
que o homem da terra não prossiga mais em usar da violência” (verso 18).
Jamais pensemos que Deus está alheio ao clamor dos justos diante da
violência dos homens ímpios. O próprio Davi testemunhou desta verdade ao dizer “Estando em angústia, invoquei ao Senhor, e a meu Deus clamei; do seu templo ouviu ele a minha
voz, e o meu clamor chegou aos seus ouvidos” (2 Samuel 22.7). Deus está pronto a ouvir e atender o clamor dos
injustiçados.
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