Devocional 27\12\2020 O CRITERIOSO OLHAR DE JESUS CRISTO
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
27\12\2020
TÍTULO
O CRITERIOSO OLHAR DE JESUS CRISTO
TEXTO
É
perceptível a limitação que nós seres humanos possuímos quanto a capacidade de
avaliar certas circunstâncias. Somos de certa forma facilmente enganados pelas aparências
e formas, observando apenas aquilo que nossos olhos desejam ver. Porém o mesmo
não ocorre com nosso bendito salvador, o olhar criterioso de Jesus é capaz de
perceber e avaliar de forma plena e concisa mesmo as coisas ocultas dos homens,
e temos um bom exemplo desta verdade em dois relatos que encontramos no
evangelho de Marcos.
Em
meio a narrativa do capítulo 9 do evangelho de Marcos encontramos um pai que
traz diante do Senhor seu filho “Mestre, trouxe-te meu filho, que tem um
espírito imundo. E este, onde quer que
o apanhe, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai definhando” (Marcos 9.17,18).
Jesus se depara com a imagem crua do sofrimento humano causado pelas forças do
mal. Um moço à beira da morte, definhando diante do sofrimento. Ao avançarmos
ao capítulo 10 encontramos outro homem que se encontra com Jesus, porém em uma
condição muito diferente “E, pondo-se a
caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele” (Marcos
10.17). O evangelista Lucas descreve que ele era um jovem, rico,
aparentemente educado e religioso, demonstrando seu interesse pelas coisas
espirituais. Ao contemplarmos estas duas circunstâncias através de nosso
limitado olhar humano, somos levados a enxergar uma grande oportunidade no
prestativo jovem, o que justificaria investirmos em seu potencial. Já quanto ao
pobre pai e seu filho endemoninhado, a maioria de nós apenas lamentaria sua
pobre sorte.
Porém o olhar de Jesus
não está sujeito as nossas limitações. Jesus reconhece que, apesar da
discrepância entre a aparência externa de ambos, em uma questão os dois
personagens citados são iguais: ambos se encontram escravizados e necessitam de
libertação. Ao ser questionado por Jesus quanto ao tempo e circunstâncias da
possessão demoníaca de seu filho o pobre pai responde “Desde a infância. E muitas vezes o tem lançado no fogo, na água, para
o destruir” (Marcos 9.21,22). A mesma condição se aplica ao jovem descrito
no capítulo 10. O desejo de Jesus pela salvação daquele jovem é demonstrado em
seu convite, que acaba por revelar que a escravidão a que estava submetido era
tão terrível quanto a do jovem endemoninhado “E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma
coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no
céu; e vem, toma a cruz, e segue-me”. Apesar das diferenças
exteriores, ambos viviam debaixo de uma escravidão da qual somente Jesus lhes
podia libertar.
A
conclusão dos relatos contradiz a inicial expectativa quanto aos dois
personagens apresentados pelo evangelista Marcos. Em relação ao moço
escravizado pelos demônios é dito “E ele,
clamando, e agitando-o com violência, saiu; e ficou o menino como morto, de tal
maneira que muitos diziam que estava morto. Mas Jesus, tomando-o pela mão, o
ergueu, e ele se levantou” (Marcos 9.26,27), porém do jovem e educado
candidato a discípulo é revelado
“Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se
triste, porque possuía muitas propriedades” (Marcos 10.22).
Você já pensou na inutilidade de tentar
ludibriar Deus através de uma aparente religiosidade enquanto seu coração
continua escravizado as coisas deste mundo? A exortação do autor da carta aos
hebreus deve nos servir de alerta “E não
há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e
patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar” (Hebreus
4.13). Tentar esconder de Deus quem somos é tão inútil como insensato. Que
façamos como o pai citado no capítulo 9, que não escondeu de Jesus sua fraca
condição “Eu creio, Senhor! ajuda a
minha incredulidade” (Marcos 9.25). Aquele que tudo vê estará sempre pronto a nos
socorrer.
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