Devocional 05\01\2021 O SALMO 12 E O CLAMOR DOS SALVOS DIANTE DA CRESCENTE MANIFESTAÇÃO DA IMPIEDADE
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
05\01\2021
TÍTULO
O SALMO 12 E O CLAMOR DOS SALVOS DIANTE
DA CRESCENTE MANIFESTAÇÃO DA IMPIEDADE
TEXTO
O contexto histórico do
Salmo 12 não nos permite apontar algum acontecimento específico que tenha
levado o salmista a registrar seu lamento e preocupação. Porém, podemos ligar o
teor do Salmo 12 ao período após o reinado de Salomão, quando a desestruturação
do reino de Israel gerou um ambiente de disputas internas que culminaram por
causar a divisão do reino entre Roboão e Jeroboão. A desestabilidade do poder
reinante permitiu que grupos contrários se enfrentassem utilizando-se de todo
tipo de artimanhas para colocar-se em vantagem. É em meio a este ambiente
destrutivo e marcado pela impiedade e injustiça que o salmista clama “Salva-nos, SENHOR”.
O hiato
no poder e a disputa entre os filhos de Salomão pelo seu reino leva o salmista
a manifestar sua preocupação “porque faltam os
homens bons; porque são poucos os fiéis entre os filhos dos homens" (verso1). Após um longo período de paz e prosperidade
no reino de Israel, resultado dos esforços do rei Davi em vencer os inimigos ao
seu redor, Salomão pode reinar em um ambiente de paz e segurança, porém após
sua morte homens ímpios assumiram a liderança da nação, o que se refletiu na
sociedade judaica, que acabou também por ser dominada pela impiedade, como
revela o salmista “Cada um fala com falsidade ao seu próximo; falam com
lábios lisonjeiros e coração dobrado” (verso 2). A medida em que os
princípios como a sinceridade e a verdade eram abandonados pela nação,
princípios ímpios eram adotados em seu lugar, levando os homens a manifestarem
sua rebelião “Com a nossa língua prevaleceremos, são nossos lábios, quem é
senhor sobre nós?” (verso 4). O verso 5 nos revela que a opressão dos
pobres era a estratégia usada pelos grupos rivais a fim de fortalecer seu
poder, levando o povo que durante o reinado de Salomão provara de prosperidade
e segurança a gemer debaixo da autoridade impiedosa de seus novos governantes. Diante
de tal quadro somente restava ao salmista clamar “Salva-nos, SENHOR” (verso
1).
A resposta
do todo-poderoso não se deixa tardar “Pela
opressão dos pobres, pelo gemido dos necessitados me levantarei agora, diz o
Senhor” (verso 5). Fiel a seu caráter justo, Deus se levanta a fim de
socorrer aqueles que são fustigados pela vara da impiedade. A intenção do
Senhor é clara “...porei a salvo aquele para
quem eles assopram” (verso 5), nos ensinando que o poder humano, apesar de
sua aparente opulência e autoridade, jamais sobrepujará o poder onipotente de
Deus nem será capaz de condenar aqueles a quem o Senhor tem socorrido. O salmista
ainda reafirma sua confiança ao dizer “tu
os guardarás, Senhor, desta geração os livrarás para sempre” (verso 7).
Finalmente,
a questão da impiedade e da violência dos poderosos contra os mais frágeis deve
nos preocupar constantemente, como nos lembra o salmista “Os ímpios andam por toda a parte, quando os mais vis dos filhos dos
homens são exaltados” (verso 8). Os homens ímpios são descritos como um
bando de animais selvagens, vagando em busca de suas presas. Em oposição a
manifestação do pecado, o salmista nos leva a depositar nossa confiança no
socorro sempre presente do Senhor “As
palavras do Senhor são palavras puras, como prata refinada em fornalha de
barro, purificada sete vezes” (verso 6). O salmista usa a figura de algo
absolutamente confiável, a prata purificada sete vezes no cadinho era
considerada incontaminada e plenamente confiável. Assim é a palavra do nosso
Deus.
Que esta
segurança diante da manifestação crescente na impiedade neste mundo nos leve a
considerar, para nosso conforto e fortalecimento, o ensino do apóstolo João “Sabemos que somos de Deus, e que o mundo
inteiro jaz no maligno” (1 João 5.19).
Comentários
Postar um comentário