Devocional 09\01\2021 O CICLO DO DECLÍNIO ESPIRITUAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
09\01\2021
TÍTULO
O CICLO DO DECLÍNIO ESPIRITUAL
TEXTO
A
teologia do Livro dos Juízes é baseada em um conceito que se repete a cada
ciclo em que um juiz se levanta para libertar a nação de Israel do jugo de seus
inimigos. Este ciclo iniciava pelo desleixo espiritual em tempos de paz e
prosperidade, passava pelo abandono das responsabilidades para com o Senhor, a opressão
debaixo do jugo de um povo inimigo e o consequente clamor seguido da libertação
enviada pelo Senhor. Este ciclo se repetiu por quatro séculos, e sua causa é
descrita no capítulo dois do livro dos Juízes “E foi também congregada toda aquela geração a seus
pais, e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao Senhor, nem tampouco a obra que ele
fizera a Israel. Então fizeram os filhos de Israel o que era mau
aos olhos do Senhor; e
serviram aos baalins. E deixaram
ao Senhor Deus de seus
pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses...Porquanto
deixaram ao Senhor...” (Juízes 2.10 a 13). Deixar de seguir ao caminho do
Senhor foi um processo que se desenvolveu em meio ao povo de Israel, e o mesmo
se dá com os filhos de Deus hoje. Por isso é bom que entendamos e
identifiquemos este processo em nós e naqueles que amamos, a fim de tomar as
atitudes bíblicas necessárias.
Antes de tudo, o afastar-se de Deus é um processo
lento e constante e que pode ser praticado por qualquer cristão. O declínio espiritual é um processo lento,
invisível na maior parte e catastrófico para aquele que nele se encontra. Porém, como todo processo, ele é constante. Um cristão não se afasta de Deus
abruptamente, mas dia a dia. Primeiro
o coração, depois fisicamente, até que a comunhão seja quebrada. Durante este processo de afastamento, o
cristão prova daquilo que podemos chamar de inversão justificada das prioridades.
Um cristão que segue o caminho do declínio espiritual tem suas razões
para justificar que agora suas prioridades são outras. “Preciso de mais tempo para mim”, é que dizem alguns; “Mereço um descanso”, dizem outros, e assim Deus deixa de ser sua
prioridade número um de suas vidas. Enquanto
passam pelo processo de declínio espiritual, coisas que antes jamais aceitariam
passam a fazer parte de suas vidas. Porém, a aceitação destes novos padrões de
conduta não ocorrem de uma só vez, elas vão paulatinamente passando a fazer
parte de sua vida. Isso atinge: suas
vestimentas, que vão se conformando com a moda deste mundo; seu palavreado, que vai se adaptando
a nossas novas amizades e grupos de interesse; os lugares que passam a frequentar, onde há coisas que os filhos
de Deus devem evitar; também hábitos
e vícios que são “socialmente aceitáveis”, porém não ao cristão. E assim, progressivamente, os
cristãos em declínio vão se libertando daquilo que chamam de amarras cristãs.
O
cristão em declínio espiritual precisa que outros cristãos ao seu redor
pratiquem o mesmo que ele, a fim de parecer que seus hábitos não são tão ruins
assim. A contaminação começa por
atingir a família; em seguida também
causará prejuízo a colegas de trabalho que estavam começando a interessar-se
pelo evangelho, e se tornará também causa de tropeço a novos convertidos que
convivam com ele. O cristão em
declínio espiritual finalmente contaminará os demais cristãos que congregam na
mesma igreja, causando prejuízos espirituais ao testemunho de toda uma
congregação. Conforme o quadro
se agrava, mais difícil se torna voltar atrás. Uma vez que o coração foi tomado pelos prazeres deste mundo,
desatar estas cordas se torna algo a cada dia mais difícil. Talvez anos de testemunho cristão
foram jogados no lixo, e o preço do arrependimento parecerá alto demais.
Há solução para tão
trágico afastamento? Sim! A solução de Deus é clara e segura “Lembra-te, pois, de onde caíste, e pratica
as primeiras obras” (Apocalipse 2.5).
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