Devocional 13\01\2021 O SALMO 13 E A FÉ QUE VENCE AS PERTURBAÇÕES
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
13\01\2021
TÍTULO
O SALMO 13 E A FÉ QUE VENCE AS PERTURBAÇÕES
TEXTO
O Salmo 13 é um dentre os
muitos salmos de lamentação, tendo como uma de suas características principais
revelar a perturbação que tomava a alma do salmista, quase ao ponto do desespero.
Outra característica dos salmos de lamentação, mesmo ocorrendo exceções, é que
eles se encerram em um tom de confiança e regozijo mediante a ação de Deus em
favor de seus filhos. Neste salmo específico não nos é informado se algum fato
em particular havia atingido o salmista, porém o contexto nos conduz ao período
após o reinado de Salomão, com a desintegração do reino e o acirramento de
conflitos internos caracterizados pela impiedade e violência. Encontramos no
Salmo 13 a descrição da alma perturbada pelas condições exteriores adversas,
mas também o socorro sempre presente de Deus, socorrendo seu filho. Eis aí o
grande encorajamento também a nossa alma.
O salmo inicia com quatro
perguntas encabeçadas pelas palavras “Até
quando?”, revelando a angústia do salmista. A aparente falta de ajuda da
parte de Deus leva o justo a clamar “Até
quando te esquecerás de mim, Senhor? Para sempre?” (verso 1). Uma intervenção
divina era necessária, mas isso demorava a ocorrer. Outro fato que colocava a
alma do salmista em aperto era a aparente indiferença de Deus para com o perigo
iminente, que ameaçava a vida do justo “Até
quando esconderás de mim o teu rosto?” (verso
1), onde a aparente falta de ação por parte de Deus lhe fazia aumentar a
angústia. Seu terceiro questionamento revela o temor pela proximidade da morte
pelas mãos de seus inimigos, onde cada dia poderia ser seu último “Até quando consultarei com a minha alma,
tendo tristeza no meu coração cada dia?” (verso 2). O salmista observa que,
enquanto parece que Deus está longe, o inimigo está bem perto “Até quando se exaltará sobre mim o meu
inimigo?” (verso 2).
Após revelar sua
perplexidade e desesperança diante de tribulações para as quais aparentemente
não havia solução, o salmista clama ao Senhor, quase ao fim de suas forças “Atende-me, ouve-me, ó Senhor meu Deus” (verso
3). O efeito das lutas na mente e no espírito embaçavam sua capacidade de ver,
por isso ele clama “ilumina os meus
olhos para que eu não adormeça na morte” (verso 3). Ele necessitava de
sabedoria dos altos céus a fim de discernir sua condição e contemplar o livramento
do Senhor. Para o salmista era intolerável a ideia que seus inimigos
triunfariam sobre ele, o levando a clamar ainda mais. Pensar no regozijo dos
ímpios pela morte de um justo era algo intolerável “Para que o meu inimigo não diga: Prevaleci contra ele; e os meus
adversários não se alegrem, vindo eu a vacilar” (verso 4).
O que vemos no salmista
após seu clamor pelo socorro do Senhor é seu retorno a esperança na
misericórdia de Deus “Mas eu confio na
tua benignidade” (verso 5). Se antes sua visão embaçada o impedia de
vislumbrar um escape para seus temores, agora ele clama confiantemente “na tua salvação se alegrará o meu coração”
(verso 5). A fé no Senhor havia despertado sua alma, e a depressiva atitude
anterior foi cambiada por uma atitude de regozijo e confiança, expressa em sua
atitude “Cantarei ao Senhor” (verso
6). O salmista não nega a profunda tristeza que sua alma havia experimentado,
nem a perturbação causada pela aparente demora do Senhor em agir. Porém bastou
que pela fé seus olhos fossem abertos para que ele reconhecesse o cuidado
sempre presente do Senhor “...porquanto
me tem feito muito bem” (verso 6).
É disto que necessitamos
em meio as lutas e tribulações.
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