Devocional 19\01\2021 O EXEMPLO DO PAI

 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

19\01\2021

TÍTULO

O EXEMPLO DO PAI

TEXTO

A chamada parábola do filho pródigo (Lucas 15.11 a 32) é um dos relatos bíblicos mais conhecidos desde que o Mestre a concedeu a nós, respondendo aos fariseus porque ele compartilhava das refeições com publicanos e pecadores. A resposta de Jesus é que ele recebia a tais pessoas com a mesma alegria que o pastor de ovelhas encontra sua ovelha desgarrada e que a dona de casa encontra sua moeda perdida; com a mesma alegria que o pai recebe de volta um filho perdido. Estas parábolas são uma grande demonstração da divindade de Cristo ao revelar sua atitude para com os pecadores, atitude que só Deus pode demonstrar. É importante percebermos como os homens daqueles dias receberam esta parábola contada por Jesus. Lhes causou grande escândalo a atitude do filho mais moço para com seu pai; da mesma forma a aparente falta de atitude do pai para com o filho rebelde não foi bem recebida por eles. Mas é a forma incondicional que o pai recebe seu filho de volta o que mais lhes escandaliza, pela forma como Jesus a descreveu “E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se lhe ao pescoço e o beijou” (Lucas 15:20). Como é difícil aos homens compreenderem e aceitarem as ações de Deus, é sobre isso que desejamos tratar.

A resposta do pai ao ver seu filho ainda longe vindo ao seu encontro provavelmente surpreendeu quem ouviu Jesus contar esta história. A expectativa daquelas pessoas é que a história continuasse com a passagem do jovem diante do olhar de reprovação das pessoas da vila, e então o pai deixaria o rapaz chegar até ele, cair de joelhos implorando seu perdão. Na melhor das expectativas o pai lhe concederia um perdão parcial e explicaria como as coisas seriam a partir dali. O filho então ficaria em casa um tempo para que seu arrependimento fosse comprovado, até levantar sustento suficiente para viver de forma independente. Mas relembremos o que aconteceu: vendo o filho ainda longe, o pai levantasse e apressasse em direção a ele. Isso era algo que um homem da idade e posição dele jamais deveria fazer; possivelmente ele teve que arregaçar suas vestes, deixando parte de suas pernas de fora, algo vergonhoso naquela época. Ao encontrar o filho o pai lhe interrompe as explicações, não lhe dando chances de explicar como ele achava que deveria ser tratado. Inicialmente ele nem ao menos se dirige ao filho, mas passa a ordenar aos seus servos o que devem fazer com o moço. A atitude do pai fala mais alto que qualquer palavra; o pai lhe dá as melhores e mais honradas vestimentas, reservadas para dias especiais; o anel simboliza sua confiança no filho; os sapatos demonstram sua posição, ele não era um escravo, mas um homem livre; o bezerro cevado, reservado para uma importante ocasião, agora seria usado para celebrar o retorno do filho.

A atitude daquele pai chocou profundamente os ouvintes desta parábola, pois na mente deles um pai jamais deveria se rebaixar por um filho rebelde. A recepção negativa daqueles homens ao ensino de Jesus encontra sua razão no fato que lhes faltava o conhecimento de Deus e de sua graça. Em seus pensamentos Deus deveria agir como eles, de forma legalista e inflexível. Não é esta também a razão porque tantas pessoas não se submetem a vontade de Deus hoje? Elas desejam que as atitudes de Deus correspondam ao padrão que elas aprovam, e não que o padrão pecaminoso delas seja transformado pelo padrão que contemplam em Deus.

Basta-nos um único verso bíblico para que nossa mente se renda ao ensino de Jesus “Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem” (Salmos 103:13). Que o Pai celestial seja sempre nosso padrão e exemplo de conduta.

*em lembrança de meu pai, Jorge Luís Almeida (19\01\1953-30\05\2019)

 




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