Devocional 20\01\2021 O SALMO 15 E A QUALIFICAÇÃO DAQUELES QUE ADORAM AO SENHOR

 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

20\01\2021

TÍTULO

O SALMO 15 E A QUALIFICAÇÃO DAQUELES QUE ADORAM AO SENHOR

TEXTO

A leitura proveitosa das Escrituras deve ser sempre acompanhada do discernimento quanto a sua natureza e função. No caso do Salmo 15 temos diante de nós um texto didático que se destina a nos instruir quanto a qualificação daqueles que se aproximam do Senhor para adora-lo, em resposta ao questionamento do verso 1 “SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte? (Salmos 15:1). A aplicação primária do salmo está relacionada ao lugar de culto do povo judeu, primeiramente o tabernáculo e neste período o templo em Jerusalém. Qual o indivíduo que pode se achegar ao lugar de culto e ser admitido ali? A resposta salienta as qualificações morais necessárias aos adoradores do Senhor, o que contraria a ideia moderna de que a única qualificação necessária para adorar a Deus é simplesmente ter o desejo de adora-lo. É necessário mais do que isso, e este salmo nos instrui de forma preciosa nesta verdade.

O verso 2 nos aponta as três primeiras qualidades do adorador “Aquele que anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração” (Salmos 15:2). Professar o nome do Senhor inclui andar de forma íntegra no viver diário, fazendo com que vida e testemunho sejam concordes; da mesma forma a prática de boas obras deve ser algo reconhecido naqueles que se aproximam de Deus para adora-lo, assim como o amor pela verdade, que deve dirigir sua vida.

O terceiro verso nos instrui que o adorador do Senhor deve ser reconhecido como “Aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhum opróbrio contra o seu próximo” (Salmos 15:3). A menção ao cuidado com a própria língua concorda com o ensino de Tiago “De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim” (Tiago 3:10), assim como o não fazer mal ao próximo concorda com o resumo da lei apresentada por Jesus “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39).

No verso 4 aprendemos que os adoradores do Senhor devem ser capazes de distinguir entre os justos e os ímpios “A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao Senhor; aquele que jura com dano seu, e contudo não muda” (Salmos 15:4). O verdadeiro adorador não se associará aos ímpios em suas práticas, antes em sua companhia se verão aqueles que temem ao Senhor. Sua seriedade é reconhecida pelo cumprimento de sua palavra, mesmo que as condições não lhe tenham favorecido. Aqueles que se achegam ao Senhor para adora-lo zelam por seu testemunho, encarando com seriedade o ensino do apóstolo Paulo aos tessalonicenses “Abstende-vos de toda a aparência do mal” (1 Tessalonicenses 5:22).

A integridade daqueles que adoram ao Senhor é ressaltada em sua conduta justa “Aquele que não dá o seu dinheiro com usura, nem recebe peitas contra o inocente. Quem faz isto nunca será abalado” (Salmos 15:5). A ganância e o suborno, prática daqueles que fazem das riquezas seu deus, é algo abominável aqueles que andam com o Senhor. A conclusão do salmista é que aquele que assim anda jamais será abalado.

Finalmente, é necessário que reconheçamos que toda nossa adoração a Deus é intimamente ligada à nossa confissão de Jesus Cristo como salvador “Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hebreus 13:15), obedecendo a qualificação ensinada pelo apóstolo Paulo “O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade” (2 Timóteo 2:19). Adoração a Deus e santidade de vida são verdades inseparáveis.

 

 

 

 

 

 

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