Devocional 25\01\2021 O SALMO 16 E OS FRUTOS ETERNOS DE CONFIARMOS EM DEUS
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
25\01\2021
TÍTULO
O SALMO 16 E OS FRUTOS ETERNOS DE
CONFIARMOS EM DEUS
TEXTO
O Salmo 16 está entre os
sete salmos classificados como salmos de confiança (Salmos 4,11,16,23,27,62 e
131), nos quais a característica dominante é uma expressão de confiança em Deus
como único capaz de preencher completamente o coração humano. O título não
inspirado acrescentado pelos escribas acima deste salmo diz Mictã de Davi, que
pode ser entendido como uma inscrição que foi permanentemente gravada sobre uma
pedra, um lembrete aos homens. É importante notarmos que o verso que inicia
este salmo parece introduzir mais um dos tantos salmos de lamentação ao dizer “GUARDA-ME, ó Deus”, para só então transmitir seu precioso tema “em
ti confio”, ou seja, o salmista deseja nos apresentar aquele em que se
refugia. Ouçamos o que o salmista tem a nos dizer.
Primeiramente, não há outra fonte de bênçãos a quem os homens possam
neste mundo recorrer a não ser Deus, esta é a razão da confissão do salmista “Tu és o
meu Senhor” (verso 2), por isso algumas versões da Bíblia traduzem assim as
palavras do verso 2 “Outro bem não possuo, senão a ti somente”. A fim de
ressaltar sua confissão de fé no Senhor, o salmista denuncia aqueles que buscam
segurança ao adorar falsos deuses “As dores se multiplicarão àqueles que se
apressam a fazer oferendas a outro deus” (verso 4). A fim de
reafirmar a razão de sua confiança, o salmista então se recorda de toda as
coisas que lhe eram importantes, reconhecendo que todas tem sua origem na
bondade de Deus “O Senhor é a
porção da minha herança e do meu cálice; tu sustentas a minha sorte” (verso
5). Que sejamos constantemente lembrados desta maravilhosa verdade, todo bem
que provamos vem apenas do Senhor.
No verso 6 o salmista faz alusão a um acontecimento histórico, a divisão
da terra prometida entre as famílias de Israel. As heranças eram medidas por
meio de fios e alocadas pelo lançamento de sorte entre as famílias, de forma
que nem todos ficavam felizes pela localização a eles destinada. Ao dizer que “As
linhas caem-me em lugares deliciosos: sim,
coube-me uma formosa herança” (verso 6), o salmista aplica esta
metáfora para proclamar sua plena satisfação pela posse da comunhão com Deus,
ressaltada pelo verso 7 “Louvarei ao Senhor que
me aconselhou; até as minhas entranhas me ensinam de noite” (verso 7). A
razão da confiança e satisfação do salmista é revelada no verso 8 “Tenho
posto o Senhor continuamente
diante de mim; por isso que ele está à minha mão direita, nunca
vacilarei” (verso 8) e a consequência desta atitude no verso seguinte “Portanto
está alegre o meu coração e se regozija a minha glória; também a minha carne
repousará segura” (verso 9). Esta bendita verdade é também encontrada no
Novo Testamento, resumida em uma pequena, porém magnífica promessa “Mas,
buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas as coisas vos serão
acrescentadas” (Mateus 6.33)
Os versos finais do Salmo 16 foram usados pelos apóstolos a fim de
testemunharem da missão divina de Jesus Cristo. Pedro o citou em seu discurso
no dia de pentecostes “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem
permitirás que o teu Santo veja corrupção” (verso10; Atos 2.27) e Paulo em
sua pregação na cidade de Antioquia (Atos 13.35), sendo que ambos o aplicaram a
ressurreição do Salvador, o que nos permite reconhecer a forma como o salmista
percebeu que as bênçãos da confiança em Deus transcendem a vida neste mundo e
adentram a eternidade “Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua
presença há fartura de alegrias; à tua mão
direita há delícias perpetuamente” (verso 11).
Há grande galardão em depositarmos nossa confiança em Deus, hoje e
eternamente.
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