Devocional 30\01\2021O SALMO 17 E A RAZÃO DA OPOSIÇÃO AOS SALVOS DO SENHOR
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
30\01\2021
TÍTULO
O SALMO 17 E A RAZÃO DA OPOSIÇÃO AOS SALVOS
DO SENHOR
TEXTO
A oposição dos ímpios
a todos aqueles que vivem em submissão a Deus sempre foi uma das mais fortes
características deste mundo dominado pelo pecado, fato revelado desde o
princípio na descrição da conduta dos filhos de Adão “Não como Caim, que era do
maligno, e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras
eram más e as de seu irmão justas” (1 João 3.12). Neste dramático salmo o
padecimento dos justos as mãos dos ímpios é o fio condutor da lamentação do
salmista, em um tom de máxima urgência “OUVE, Senhor,
a justiça; atende ao meu clamor; dá ouvidos à minha oração...atendam os teus
olhos à razão” (versos 1,2).
Que tal fato não nos surpreenda nem nos desespere, uma vez que nosso bondoso
Deus está sempre pronto a dar ouvidos a nosso clamor por socorro.
A fim de legitimar seu clamor, o salmista apresenta as provas de sua
integridade de acordo com o escrutínio do próprio Deus “Provaste o meu coração;
visitaste-me de noite; examinaste-me, e nada achaste;
propus que a minha boca não transgredirá...pela palavra dos teus lábios me guardei das veredas do
destruidor” (versos 3,4). É
importante que nos lembremos do valor que possui o sofrimento injustamente
padecido, como descrito pelo apóstolo Pedro “Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência
para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente” (1 Pedro 2.19). Deus se agrada do
testemunho de retidão demonstrado por seus filhos.
Reconheçamos também que a confiança do salmista advém de sua certeza na
intervenção de Deus na vida dos homens “Eu te invoquei, ó Deus, pois me queres ouvir...ó tu que livras aqueles
que em ti confiam dos que se levantam contra a tua destra” (versos 6,7). A figura poética usada reflete
bem esta confiança “Guarda-me como à menina do olho; esconde-me debaixo da sombra das tuas
asas”. Para o salmista o
reflexo de sua imagem podia ser visto na pupila dos olhos de Deus, pois este o
contemplava e protegia com grande atenção.
A realidade da oposição dos ímpios aos filhos de Deus é descrita neste
salmo de forma singular, iniciando pela soberba com a qual os ímpios revelam
seu intento “Na sua gordura se encerram, com a boca falam soberbamente” (verso 10). Sua estratégia e intenção de
tragar a vida dos justos é reconhecida “Têm-nos cercado agora nossos passos...Parecem-se com o leão que
deseja arrebatar a sua presa” (versos 11,12), levando o salmista a clamar por socorro “Levanta-te, Senhor, detém-no, derriba-o, livra a
minha alma do ímpio, com a tua espada” (verso 13). O salmista termina por reconhecer
que neste mundo está será sempre a realidade daqueles que foram justificados
por Deus, homens carnais os perseguiram e perseguirão enquanto houver mundo “dos
homens do mundo, cuja porção está nesta vida, e cujo ventre enches do
teu tesouro oculto” (verso 14), sendo sucedidos pelos seus filhos
neste maligno intento. O que resta então ao salmista diante desta cruel
realidade? “Quanto a mim,
contemplarei a tua face na justiça; eu me satisfarei da tua semelhança quando
acordar” (verso 15). Seja nesta vida, seja na eternidade, os
salvos têm no Senhor sua porção que os satisfaz e alegra.
Que não nos enganemos quanto a realidade de nossa presença neste
mundo, é da natureza dos ímpios perseguirem aos justos, assim como é da
natureza do justo viver na dependência de seu Deus, tais coisas jamais deveriam
nos surpreender, como bem descreveu o apóstolo Paulo a Timóteo “E também todos os que piamente querem
viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2 Timóteo 3.12).
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