Devocional 13\02\2021 MESMO COMO ADVERSÁRIO DEUS CONTINUA SENDO BOM

DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

13\02\2021

TÍTULO

MESMO COMO ADVERSÁRIO DEUS CONTINUA SENDO BOM

TEXTO

É bem conhecida dos leitores bíblicos a narrativa envolvendo o adivinho Balaão, o moabita Balaque e seu desejo de amaldiçoar o povo de Deus. Possivelmente a porção desta narrativa mais conhecida envolva o uso por parte de Deus de um simples animal a fim de demonstrar seu poder. O início deste relato nos diz Então Balaão levantou-se pela manhã, e albardou a sua jumenta, e foi com os príncipes de Moabe. E a ira de Deus acendeu-se, porque ele se ia; e o anjo do Senhor pôs-se lhe no caminho por adversário” (Números 22.21,22). Balaão teve Deus como seu adversário, é neste ponto que desejamos nos concentrar.

Primeiramente aprendamos que o eterno Deus, mesmo quando se coloca como adversário dos homens, usa de imensa misericórdia para com estes. No caso de Balaão a misericórdia de Deus manifestou-se através de uma simples jumenta, que acabou por livrar o incauto adivinho do juízo divino “Viu, pois, a jumenta o anjo do Senhor, que estava no caminho, com a sua espada desembainhada na mão; pelo que desviou-se a jumenta do caminho, indo pelo campo” (Números 22.23).  

Há de se ressaltar também a insensibilidade espiritual dos homens, que os impede de reconhecer os instrumentos através dos quais Deus lhes demonstra misericórdia. Mesmo diante de dois fatos incomuns, a atitude de sua jumenta e a comunicação verbal entre um animal e um ser humano, Balaão é incapaz de exercer discernimento, antes, seu desejo é dar vazão a sua ira, vingando-se daquela que lhe livrou da morte “Porque zombaste de mim; quem dera tivesse eu uma espada na mão, porque agora te mataria” (Números 22.29).

Por fim, reconheçamos quão valoroso é aos homens que Deus lhes abra os olhos a fim de evitarem o mal que praticariam para seu próprio mal. Não havia nenhuma obrigação de parte do Senhor em revelar seu intento a Balaão, assim como executar seu juízo sobre este homem ímpio atenderia plenamente a sua justiça. Foi necessário que Deus lhes abrisse os olhos para que entendesse esta verdade “Então o Senhor abriu os olhos a Balaão, e ele viu o anjo do Senhor, que estava no caminho e a sua espada desembainhada na mão; pelo que inclinou a cabeça, e prostrou-se sobre a sua face” (Números 22.31).  Balaão aprendeu que até mesmo quando se coloca como adversário dos homens, Deus se mostra bom.

A fim de que esta verdade seja gravada firmemente em nosso coração, é bom que recordemos o exemplo do rei Davi registrado no segundo livro do profeta Samuel. Davi havia incautamente determinado o recenseamento das tribos de Israel, o que levantou o juízo do Senhor contra ele e seu povo. Enviado pelo Senhor a Davi, o profeta Gade lança três opções diante do rei “Queres que sete anos de fome te venham à tua terra; ou que por três meses fujas de teus inimigos, e eles te persigam; ou que por três dias haja peste na tua terra?” (2 Samuel 24.13). A resposta de Davi nos permite vislumbrar seu reconhecimento da misericórdia e bondade de Deus “Então disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; porém caiamos nas mãos do Senhor, porque muitas são as suas misericórdias” (2 Samuel 24.14). Davi reconhece que mesmo quando Deus se levanta a fim de disciplinar os homens, sua misericórdia não será esquecida. A fome e os inimigos seriam implacáveis com Davi e seu povo, mas no Senhor há sempre abundante misericórdia.

Que todos os homens reconheçam a grande misericórdia de Deus para com eles “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pedro 3.9).

 


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