Devocional 20\02\2021 O SALMO 21 E A CAUSA DA FORÇA DA PEQUENA NAÇÃO DE ISRAEL
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
20\02\2021
TÍTULO
O SALMO 21 E A CAUSA DA FORÇA DA
PEQUENA NAÇÃO DE ISRAEL
TEXTO
Mais uma vez temos diante
de nós um dos dezessete salmos classificados como salmos reais, o que exige dos
leitores bíblicos o reconhecimento das condições de vida que imperavam naqueles
dias da monarquia em Israel. Na antiguidade, era necessário que o rei fosse um
vencedor sobre seus inimigos, o que incluía o extermínio em massa de povos que
ameaçavam a sobrevivência de seu povo. Isto também é visível em relação à nação
de Israel, fato que pode ser visto no cântico entoado ao rei Saul e a Davi,
quando voltavam de ferir aos filisteus “Saul feriu os seus milhares,
porém, Davi os seus dez milhares” (1 Samuel 18:7).
Exaltar o rei pela morte de seus inimigos era não somente um ato de louvor, mas
de sobrevivência em meio a nações inimigas.
O Salmo 21 inicia relembrando
a invocação do nome do Senhor antes da batalha “O rei se alegra
em tua força, SENHOR; e na tua salvação grandemente se regozija. Cumpriste-lhe o desejo do seu coração, e não negaste as
súplicas dos seus lábios” (versos 1,2). O auxílio do Senhor é reconhecido como a causa da vitória
sobre os inimigos “Pois vais ao seu encontro com as bênçãos de bondade; pões
na sua cabeça uma coroa de ouro fino. Vida te pediu, e lha deste, mesmo longura de dias para sempre
e eternamente” (versos 3,4). O
salmista reconhece que o bem provado pelo povo em se ver livre de seus inimigos
está intimamente ligado não a força e poder do rei, mas a sua submissão a
autoridade e direção do Deus todo poderoso “Porque o rei confia no Senhor, e
pela misericórdia do Altíssimo nunca vacilará” (verso 7).
A segunda
parte do Salmo 21 se volta ao futuro, manifestando a confiança do povo de Deus
na vitória contra seus opressores “A tua mão alcançará todos os teus
inimigos, a tua mão direita alcançará aqueles que te odeiam” (verso 8). A prática
de queimar em fogo as cidades atacadas, a fim de que não voltassem a se levantar
contra Israel é relembrada no verso 9 “Tu os farás como
um forno de fogo no tempo da tua ira; o Senhor os devorará na sua indignação, e
o fogo os consumirá” (verso
9). Outra prática relembrada trata do extermínio total dos povos inimigos, a
fim de garantir a paz por longo tempo “Seu fruto destruirás da terra, e a
sua semente dentre os filhos dos homens” (verso 10). O salmista nos leva a
entender que a nação de Israel não feria os povos inimigos sem causa, mas como
forma de proteger-se de seus maus intentos “Porque intentaram o mal contra
ti; maquinaram um ardil, mas não prevalecerão” (verso 11). E então o
salmista encerra seu tributo ao rei glorificando ao Senhor por sua força “Exalta-te,
Senhor, na tua força; então cantaremos e louvaremos o teu poder” (verso
13).
A leitura deste salmo real pode enganosamente nos
levar a concluir que tanto a nação de Israel quanto o próprio Deus se alegravam
e jubilavam na morte de seus inimigos, a semelhança de tantos outros povos e
nações. Este pensamento é desfeito quando recordamos a pequenez da nação de
Israel diante do poder e número absolutamente maior das nações ao seu redor,
como citado pelos espias quando observaram a terra de Canaã “O povo, porém,
que habita nessa terra é poderoso, e as cidades fortificadas e mui grandes...Não poderemos
subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós...e éramos aos nossos
olhos como gafanhotos” (Números 13.28,31,33).
Israel não somente venceu estes povos como se manteve na terra prometida por
séculos, sendo posteriormente derrotado não pela força de seus inimigos, mas
por causa de sua infidelidade ao Senhor.
A
sobrevivência da nação de Israel é uma prova clara e irremovível da soberania e
poder do grande e eterno Deus.
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