Devocional 25\02\2021 O SALMO 22 E A PREDIÇÃO DO SOFRIMENTO E GLÓRIA DE JESUS


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

25\02\2021

TÍTULO

O SALMO 22 E A PREDIÇÃO DO SOFRIMENTO E GLÓRIA DE JESUS

TEXTO

O Salmo 22 pode ser enquadrado entre os dezesseis salmos messiânicos por sua clara alusão ao messias, mas também como um dos mais de sessenta salmos de lamentação, pela descrição histórica de um homem enfermo clamando ao Deus distante por libertação. Ou ainda podemos unir estas duas definições e classifica-lo como o salmo da lamentação do Messias, um perfeito quadro gráfico da crucificação ao modo romano, narrado por um judeu quando este método ainda não era praticado, prova clara da inspiração das Escrituras sagradas. É importante ressaltarmos que os salmos 22 a 24 formam uma trilogia: no Salmo 22 vemos o bom pastor que dá a vida por suas ovelhas; no Salmo 23 encontramos o grande pastor cuida ternamente de suas ovelhas; e no Salmo 24 o supremo pastor é revelado como o rei glorioso, para reunir suas ovelhas a si mesmo e recompensa-las.

Iniciemos por reconhecer o cumprimento das predições deste salmo no vigésimo sétimo capítulo do evangelho segundo Mateus. Primeiramente o grito de desolação do homem condenado DEUS meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (verso 1), registrado no verso 46 do evangelho; também o período de trevas sobre a terra “Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego” (verso 2), registrado por Mateus no verso 45; as zombarias e o desprezo também são preditos detalhadamente Todos os que me veem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo: Confiou no Senhor, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer” (versos 7,8) e descritos por Mateus nos versos 39 e 43; é predita a forma como repartiram as vestes de Jesus “Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha roupa” (verso 18), também narrado por Mateus no verso 35. Tudo isso se cumpriu literalmente, reconhecendo que entre a predição do Salmo 22 e o registro de Mateus haja um intervalo de mil anos.

Outro ponto importante a ser tratado a respeito do Salmo 22 é sua descrição pormenorizada da morte por crucificação. Vemos no verso 14 a descrição dos ossos desconjuntados do condenado, assim como o reflexo da tortura em seu sistema cardíaco “Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas” (verso 14). Também a exaustão extrema e a secura dos lábios são descritas “A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte” (verso 15); o detalhamento da previsão contempla as mãos e os pés transpassados pelos cravos, bem como a reunião da turba ao redor da cruz “Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou, traspassaram-me as mãos e os pés” (verso 16); a nudez do condenado também é descrita, usada como uma forma de acrescentar ainda mais vergonha “Poderia contar todos os meus ossos; eles veem me contemplam” (verso 17).

O Salmo 22 se encerra exaltando ao Senhor muito mais do que qualquer outro salmo de lamentação, o que é justo, uma vez que é o próprio Jesus, triunfante sobre a morte, a razão da profecia. A cena, antes grotesca, agora é representada por um hino de ação de graças. Sua vitória é contada em todo mundo e seu poder reconhecido “Todos os limites da terra se lembrarão, e se converterão ao Senhor; e todas as famílias das nações adorarão perante a tua face. Porque o reino é do Senhor, e ele domina entre as nações” (versos 27,28).

Que todos reconheçamos quão grande é Jesus!

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