Devocional 20\03\2021 A BENÇÃO DE CONFIARMOS NO SENHOR


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

20\03\2021

TÍTULO

A BENÇÃO DE CONFIARMOS NO SENHOR

TEXTO

Salta aos olhos do leitor atento das Escrituras a perceptível divisão de propósito existente no Salmo 27, a ponto de comentaristas bíblicos proporem que a junção de dois salmos independentes deu origem ao texto que chegou até nós. Creio que não precisamos chegar a tanto, desde que entendamos que o salmo inteiro trata de um mesmo tema, a confiança dos salvos no Senhor, primeiramente como uma aspiração em uma vida perfeita e livre do mal, mas também como uma realidade em uma existência repleta de perigos e dores. Há uma preciosa luz nas palavras do salmista e faremos bem em contemplá-la.

A primeira parte do Salmo 27 é repleta de confiança e exultação O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei?” (verso 1). Não há temor quando estamos cercados pelo Senhor, que nos ilumina, livra do mal e nos concede refúgio e segurança. O salmista reconhece a ação do pecado e do mal e seu intento de destruí-lo, porém, sua confiança no Senhor o mantém inabalável “Quando os malvados, meus adversários e meus inimigos, se chegaram contra mim, para comerem as minhas carnes, tropeçaram e caíram. Ainda que um exército me cercasse, o meu coração não temeria; ainda que a guerra se levantasse contra mim, nisto confiaria” (versos 2,3). A segurança do Senhor o permite dedicar-se unicamente a Deus e sua adoração, como um morador permanente em seu templo “Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e inquirir no seu templo” (verso 4). Não há perigos que assustem ao salmista, pois sua condição de segurança é inabalável como uma rocha, seguro no templo do Senhor “Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; pôr-me-á sobre uma rocha” (verso 5). Seus inimigos continuam a seu redor, mas não podem atingi-lo, por isso ele se dedica a cantar louvores ao Senhor “Também agora a minha cabeça será exaltada sobre os meus inimigos que estão em redor de mim; por isso oferecerei sacrifício de júbilo no seu tabernáculo; cantarei, sim, cantarei louvores ao Senhor(verso 6). Esta é a vida ideal, almejada por todos nós.

Porém a segunda parte do Salmo 27 volta a nos lançar a vida real mediante o clamor do salmista “Ouve, Senhor, a minha voz quando clamo; tem também piedade de mim, e responde-me” (verso 7). Ele reconhece o perigo real e iminente que lhe cerca, sabendo que há apenas uma saída para sua vida “Buscai o meu rosto; o meu coração disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei” (verso 8). Mesmo transtornado pelo perigo, ele tem certeza que o Senhor o atenderá e livrará “...tu foste a minha ajuda...ó Deus da minha salvação. Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me recolherá” (versos 9,10). O salmista reconhece que o livramento deste grande perigo se encontra na orientação do Senhor, por isso clama “Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e guia-me pela vereda direita” (verso 11). Seu testemunho é real, foi a confiança no Senhor que o manteve em meio as lutas “Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria a bondade do Senhor na terra dos viventes” (verso 13). Esta é a vida real, provada pelos filhos de Deus enquanto peregrinam neste mundo tenebroso.

Finalmente, somos levados a entender que não importam o tempo e as circunstâncias, a confiança no Senhor é nosso antídoto em meio as aflições. Quão sábia é a recomendação do salmista a todos nós “Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor(verso 14). Reconheçamos que nosso Deus jamais nos abandonará!

 

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