Devocional 24\03\2021 A EXTENSÃO DO PERDÃO DE DEUS


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

24\03\2021

TÍTULO

A EXTENSÃO DO PERDÃO DE DEUS

TEXTO

Possivelmente todos nós já inquirimos a respeito deste tema: até que ponto Deus é capaz de perdoar os pecados de um ser humano? Infelizmente a limitada noção que muitos tem a respeito do poder perdoador do sangue de Cristo acaba por gerar classes de pessoas que, aos olhos de tais pessoas, jamais poderão usufruir do perdão de Deus. Dentre todos as passagens bíblicas que lançam luz sobre este tema, encontramos no primeiro capítulo do livro do profeta Isaías uma preciosa mensagem aqueles que buscam fortalecer sua esperança quanto ao poder transformador de Deus na vida do ser humano, ao ouvirmos o chamado de Deus a um povo afundado em seus próprios pecados “Vinde então, e raciocinemos juntos, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã” (Isaías 1.18).

 A denúncia do Senhor contra Judá e os habitantes de Jerusalém é dura “Criei filhos, e engrandeci-os; mas eles se rebelaram contra mim” (verso 2). A nação de Deus é agora chamada de nação pecadora, tamanha sua decadência espiritual “Ai, nação pecadora, povo carregado de iniquidade, descendência de malfeitores, filhos corruptores; deixaram ao Senhor, blasfemaram o Santo de Israel, voltaram para trás” (verso 4). Nada havia sido preservado da que outrora fora a luz de Deus as nações “Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco. Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã” (versos 5,6). Mesmo a disciplina de Deus que já havia atingido as tribos do norte e agora chegara a Judá não os fazia pensar em arrepender-se “A vossa terra está assolada, as vossas cidades estão abrasadas pelo fogo; a vossa terra os estranhos a devoram em vossa presença” (verso 7), e apenas a misericórdia de Deus os separava da destruição total “Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado algum remanescente,  como Sodoma seríamos, e semelhantes a Gomorra” (verso 9). A religiosidade praticada pela nação era reprovada por Deus, uma vez que estava completamente contaminada por seus pecados “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o SenhorJá estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados... Não continueis a trazer ofertas vãs...não posso suportar iniquidade, nem mesmo a reunião solene” (verso 11,13). Finalmente, a condição atual do povo de Deus o impede de ouvir seu clamor “Por isso, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei” (verso 15).

Possivelmente a forma legalista com que muitos de nós tratam da questão do pecado tende a considerar que tais pessoas como a descritas pelo profeta Isaías não merecem da parte de Deus misericórdia alguma. É neste ponto que nos enganamos quanto a maneira de agir de nosso Deus, pois o perdão jamais foi concedido por merecimento a nenhuma pessoa, mas sim por misericórdia, mediante o arrependimento e abandono das práticas pecaminosas, como vemos no livro de Provérbios “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Provérbios 28.13). É mediante a confissão de seus pecados que o Senhor concede aos pecadores o perdão, e não de acordo com o que eles são capazes de realizar, como bem nos ensina o apóstolo João “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (1 João 1.9).

Entendamos, pois, que o perdão de Deus baseia na justiça de Jesus Cristo e não nos méritos dos homens. É por isso que sempre haverá esperança para o pecador que se arrepende e crê no salvador.

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