devocional 29\03\2021 O AUTOEXAME DE NOSSA VIDA RELIGIOSA


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

29\03\2021

TÍTULO

O AUTOEXAME DE NOSSA VIDA RELIGIOSA

TEXTO

O amoroso cuidado pastoral do Senhor Jesus para com as ovelhas não pastoreadas da casa de Israel ia além do vigoroso ensino a respeito do reino de Deus, pois o Mestre abordava também os muitos perigos espirituais que os cercavam, em especial os falsos mestres e sua vã religiosidade. É por esta razão que encontramos tantas vezes Jesus alertando seus discípulos a respeito dos escribas e fariseus e sua inútil tradição religiosa, o que serve a nós também de alerta, uma vez que o mesmo que se deu com aqueles homens é visto também em nosso tempo. Observemos, pois, as razões pelas quais o Senhor Jesus reprovou a conduta daqueles homens, como citado por Mateus no vigésimo terceiro capítulo de seu evangelho “Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras, pois dizem e não fazem” (Mateus 23.2,3).

Em primeiro lugar, Jesus condenou a religião daqueles homens por se tratar de algo meramente externo, como denunciado por Jesus neste mesmo capítulo do evangelho de Mateus Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade” (Mateus 23.27,28). A verdade de Deus jamais havia adentrado aqueles corações, fazendo daqueles homens meros atores de sua própria e inútil religião.

Jesus também reprovou a prática de colocarem seus preceitos acima da vontade revelada por Deus em sua palavra, como também foi registrado por Mateus “Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá. Mas vós dizeis: Qualquer que disser ao pai ou à mãe: É oferta ao Senhor o que poderias aproveitar de mim; esse não precisa honrar nem a seu pai nem a sua mãe, E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus” (Mateus 15.4 a 6). Esta atitude revelava o orgulho religioso daqueles homens, estabelecendo sua religiosidade acima da palavra de Deus.

Outra denúncia feita por Jesus a respeito da falsa religiosidade de escribas e fariseus dizia respeito a devoção que manifestavam por regras religiosas que eles haviam incorporado a lei do Velho Testamento, de tal forma que naquele período era difícil discernir o que Deus havia falado da tradição que aqueles homens ensinavam Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens” (Mateus 15.7 a 9).

Finalmente, Jesus também os reprovou por sua conduta de auto engrandecimento e pelo orgulho que manifestavam de seus feitos, tão bem demonstrado na parábola contada por Jesus E disse também está parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano” (Lucas 18.9 a 11).

Ao ensinar seus discípulos, Jesus claramente os exortou Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus” (Mateus 5.20), demonstrando que a religião de Deus começa transformando nosso interior e então manifestando-se em nossa vida exterior. Que cada um saiba examinar a si mesmo, como bem o apóstolo Paulo nos ensinou Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” (2 Coríntios 13.5).

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