Devocional 30\03\2021 O SALMO 29 E O DEUS PODEROSO E INVENCÍVEL
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
30\03\2021
TÍTULO
O SALMO 29 E O DEUS PODEROSO E INVENCÍVEL
TEXTO
O leitor atento das
sagradas Escrituras encontrará no Salmo 29 uma sutil referência gramatical que
muito ajudará na compreensão e aplicação deste salmo de adoração a vida
cotidiana. Seu chamado a que seja tributada a glória devida ao único e
suficiente Deus é direcionada aos “...filhos
dos poderosos” (verso 1), expressão que no hebraico bíblico refere-se aos
seres celestiais, ou seja, as ordens angelicais. Ao celebrar a Deus pelo reconhecimento
de seu comando dos elementos da natureza o salmista conclama os seres
celestiais a liderar o louvor a majestade e poder de Deus, o que encontra eco
nos céus, como descrito no verso 9 “e no seu templo cada um fala da sua glória”, referindo-se a adoração dos exércitos
celestiais. A proposição deste salmo é garantir-nos que nenhuma criatura possui
o poder de desafiar o soberano Deus, verdade que enche de encorajamento e paz o
coração daqueles que o servem, levando-os a unirem-se ao salmista em sua
adoração “Dai ao Senhor a glória devida
ao seu nome, adorai o Senhor na
beleza da santidade” (verso 2).
Era comum a nação de Israel reconhecer a presença de Deus por meio de sua
manifestação nos fenômenos naturais, como ocorreu diante do monte Sinai “E aconteceu que, ao
terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma
espessa nuvem, e um sonido de trombeta mui forte, de maneira que estremeceu
todo o povo que estava no arraial” (Êxodo 19.16). Desta forma as forças da
natureza são aqui usadas como metáfora da voz de Deus, repetindo por sete vezes a expressão “a voz
do Senhor”. O verso 3 aplica esta metáfora ao referir-se as grandes
tempestades formadas no mar Mediterrâneo, que eram avistadas pelo salmista vindo
de encontro ao território de Israel “A voz do Senhor ouve-se sobre
as suas águas; o Deus da glória troveja; o Senhor está sobre as
muitas águas”. O verso 4 lembra
o ribombar dos trovões e o poder dos relâmpagos ao aplicá-los a Deus, dizendo “A
voz do Senhor é poderosa”,
revelando este poder, descrevendo algo que o salmista certamente muitas vezes
contemplou, o despedaçar de árvores centenárias pelo poder dos relâmpagos “A voz do Senhor quebra os cedros; sim,
o Senhor quebra os
cedros do Líbano” (verso 5).
Nos versos seguintes a metáfora aplicada passa a ser a de um terremoto, que
possui uma força ainda superior aos relâmpagos. Nestes versos o salmista
descreve a ação de um terremoto nas montanhas do Líbano, ao norte do território
de Israel “Ele os faz saltar como um bezerro; ao Líbano e Siriom, como filhotes de
bois selvagens”. Nos versos
7 e 8 sua visão se volta a Cades, extremo sul da Palestina, descrevendo um
terremoto que faz tremer o deserto “A voz do Senhor separa
as labaredas do fogo. A voz do Senhor faz
tremer o deserto; o Senhor faz
tremer o deserto de Cades”.
Observando o imenso poder destes fenômenos naturais e da grande
instabilidade causada por eles, o salmista descreve Deus calmamente assentado
em seu trono “O Senhor se
assentou sobre o dilúvio; o Senhor se
assenta como Rei, perpetuamente” (verso 10). A aplicação desta verdade nos
lembra que, mesmo em meio a tempestades e instabilidade desta vida, não devemos
nos esquecer que no céu todas as coisas continuam estáveis e seguras como
sempre foram, resultado do poder invencível do único e verdadeiro Deus. Por fim
esta é a mensagem que o salmista deseja nos transmitir, ao dizer “O Senhor dará força ao seu povo;
o Senhor abençoará o seu
povo com paz”. Que nossa confiança esteja sempre direcionada a este
poderoso Deus!
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