Devocional 14\03\2021 QUANDO SÓ NOS RESTA O REDENTOR


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

14\04\2021

TÍTULO

QUANDO SÓ NOS RESTA O REDENTOR

TEXTO

As provações de Jó são bem conhecidas pelos leitores bíblicos, assim como a causa que o levou a beira da morte e terminou por exalta-lo de forma surpreendente. Suas provações são narradas em meio a quarenta capítulos do livro que recebe seu nome, durante um período que não sabemos precisar. A Jó se juntaram três de seus amigos, Elifaz, o temanita; Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita. A justificativa apresenta por eles a fim de interpretar a razão dos sofrimentos de Jó se alicerçava em sua ainda imatura compreensão das coisas espirituais, apontando que a ira de Deus contra os pecados de Jó eram a única explicação cabível aqueles acontecimentos, pressionando Jó para que este confessasse seu pecado. Também incapaz de compreender a razão de seu infortúnio e de fazer calar o argumento de seus companheiros, Jó apela ao único capaz de justifica-lo em meio a suas provações, o qual finalmente se levantaria e corrigiria a falsa noção de seus acusadores. As palavras de Jó revelam a única esperança que resta a um homem atingido pela dor e sofrimento em um estado impensável, “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25). Faremos bem em refletir a respeito da esperança de Jó.

Primeiramente, Jó revela a razão de sua esperança ao dizer “Porque eu sei”.  A semelhança do apóstolo Paulo, que em meio as tribulações que acabaram por ser a causa de seu martírio, refugiou-se em sua certeza ao dizer “porque eu sei em quem tenho crido” (2 Timóteo 1.12), Jó reanima seu coração ao retirar seus olhos daquilo que era duvidoso e deposita-lo em uma certeza capaz de firmar-lhe em meio as provações. Dúvidas jamais poderão ajudar a alguém que enfrenta as tribulações desta vida, apenas aquilo que é verdadeiro e seguro pode manter firme a alma de um homem. Ser dominado pelas dúvidas destrói o mais forte combatente, porém uma única certeza é capaz de manter de pé o mais combalido dos enfermos. Jó havia perdido seus bens e filhos, de forma que o antes próspero e invejado homem agora não passava de um vil espetáculo de horror aos olhos de seus conterrâneos. É em meio a absoluta carestia que Jó recordasse de uma possessão que nem o reino das trevas é capaz de lhe tirar “Porque eu sei que o meu Redentor”. Diante da tendência de concentra-se nas coisas que havia perdido e que não mais lhe pertenciam, Jó leva seus pensamentos a algo que não jamais poderia lhe ser subtraído. Um homem que possui um Redentor jamais será miserável.

A escassez presente havia feito com que os muitos amigos de Jó lhe abandonassem. Em meio a dor encontramos apenas três abnegados acompanhando Jó em seu sofrimento. Jó recorda-se que há um verdadeiro amigo capaz de lhe salvar em meio a dores, e disso ele se recorda ao dizer “Porque eu sei que o meu Redentor”. Assim como Rute provara da assistência de um parente remidor, capaz e disposto a redimi-la em meio a seu abandono, Jó recorda-se que não foi completamente abandonado em meio a seus sofrimentos. Há um Redentor capaz e pronto a redimi-lo em seu abandono. É em meio ao luto pela pera de seus filhos que Jó recorda-se de uma verdade preciosa a respeito deste Redentor, ao dizer “Porque eu sei que o meu Redentor vive”. Aquele a quem os olhos de Jó se voltavam, cuja conhecimento de sua presença lhe fortalecia, cujo pertencimento não lhe poderia ser tirado, cuja existência lhe garantia a libertação, esse Redentor não poderia ser jamais vencido pela morte.

Nem a dor, nem o sofrimento puderam roubar de Jó a essência de sua esperança em seu Redentor, por isso ele podia com segurança clamar “E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus” (Jó 19.26). Eis a bendita certeza que mantém os salvos.

 

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