Devocional 16\04\2021 AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO MINISTÉRIO PASTORAL


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

16\04\2021

TÍTULO

AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO MINISTÉRIO PASTORAL

TEXTO

A florescente igreja cristã do primeiro século encontrava no apóstolo Pedro um homem moldado a medida de suas necessidades. Mesmo sem ignorar as fraquezas de Pedro, como a registrada no capítulo dois da epístola aos gálatas, reconhecemos o fato que o antes inconstante e volúvel Pedro se tornou um líder firme e amoroso, fruto do paciente discipulado pessoal iniciado e conduzido pelo próprio Senhor Jesus. Sua condição de testemunha das aflições de Cristo” (1 Pedro 5.1) lhe fornecia o cerne necessário a exortações como a registrada no quinto capítulo de sua primeira epístola, dirigida aos presbíteros espalhados pelas igrejas cristãs AOS presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles” (1 Pedro 5.1). Revestido da autoridade de apóstolo de Cristo, Pedro estabelece o molde pelo qual o pastorado da igreja de Cristo deveria ser exercido, como também as características que o tornam reconhecido como um genuíno ministério em nome do supremo pastor.

Primeiramente, Pedro ressalta a forma pela qual o ministério pastoral deve ser exercido, ao disser Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente” (1 Pedro 5.2). A autoridade pastoral é delegada por Cristo e reconhecida pela igreja a partir das evidências observadas na conduta dos homens capacitados pelo Espirito Santo. A igreja naturalmente se submeterá aquele foi ungido pelo Senhor, porém, se tal liderança é imposta por meio do constrangimento e manipulação, é obrigação da igreja reconhecer que tal liderança não provém do Senhor. Da mesma forma, o legítimo pastorado é também caracterizado pela correta motivação, que segundo Pedro não deve ocorrer nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto” (1 Pedro 5.2). Uma liderança motivada pela recompensa financeira é incompatível com o verdadeiro ministério cristão. Isto não significa que pastores não devam ser sustentados pela igreja de Cristo, principalmente quando se dedicam de forma integral a apascentar as ovelhas e ao ensino da doutrina cristã (1 Timóteo 5.17,18), mas que jamais um mercenário deve ser conduzido ou mantido no ministério pastoral.

Outra verdade ressaltada pelo apóstolo é que o genuíno ministério pastoral tem como característica uma liderança espiritual cuja autoridade provém do exemplo e não da força, ao advertir que o pastor não deve liderarNem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pedro 5.3). Pedro condena o autoritarismo ditatorial de homens que, ao invés de servirem como modelo a frente do rebanho, usam de uma atitude ameaçadora empurrando-os ao cumprimento de seus sórdidos propósitos. O apóstolo termina por advertir a respeito da correta expectativa que caracteriza os servos do Senhor E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória” (1 Pedro 5.4). Pastores capacitados por Cristo não trabalham visando o reconhecimento dos homens, mas de seu Senhor, que prometeu os recompensar na eternidade.

Diante das verdades expostas pelo apóstolo Pedro nos resta ressaltar aquilo que cabe ao povo de Deus em relação a identificar e reconhecer aqueles que o Senhor tem concedido como homens dons a sua igreja. A igreja deve lembrar-se atentamente da exortação do Mestre, a fim de não ser apanhada pela astúcia de seus inimigos “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores” (Mateus 7.15). Da mesma forma, é preciso que a igreja mantenha uma atitude de reconhecimento e apoio aqueles que Cristo lhes tem enviado, como nos diz o apóstolo Paulo “E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam; E que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra” (1 Tessalonicenses 5.12,13).

Que nossos ouvidos estejam atentos a instrução da palavra de Deus.

 

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