Devocional 05\05\2021 O SALMO 36 E A DISTÂNCIA ENTRE DEUS E O PECADOR


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

05\05\2021

TÍTULO

O SALMO 36 E A DISTÂNCIA ENTRE DEUS E O PECADOR

TEXTO

A leitura do Salmo 36 por parte do leitor atento das sagradas Escrituras lhe permite perceber a real condição do ser humano criado a imagem e semelhança de Deus e descrito neste salmo com um realismo que deve encher de temor nosso coração. Porém, seguindo a ideia de um salmo de contexto misto, encontramos também aqui uma descrição magnânima de nosso Deus, em todo o esplendor de sua bondade e compaixão. Observemos com cuidado ambas imagens, que visam o bem de nossa alma.

Primeiramente o salmista nos faz ver o resultado que a invasão do pecado causou a nossa raça A TRANSGRESSÃO do ímpio diz no íntimo do meu coração: Não  temor de Deus perante os seus olhos” (verso 1). A falta de temor a Deus é consequência direta da morte espiritual que atingiu a toda raça, sendo o princípio condutor de todas as demais ações ímpias do ser humano, entre elas a incapacidade de reconhecer seus crimes, o levando a orgulhar-se de suas más ações “Porque em seus olhos se lisonjeia, até que a sua iniquidade se descubra ser detestável” (verso 2). O desprezo do pecador por uma vida respeitável faz que sua impiedade não tenha limites “As palavras da sua boca são malícia e engano; deixou de entender e de fazer o bem. Projeta a malícia na sua cama; põe-se no caminho que não é bom; não aborrece o mal” (versos 4,5). Desta forma o salmista nos faz contemplar quão grande é a depravação causada pelo pecado na raça humana.

Os versos seguintes deste salmo nos permitem contemplar o enorme contraste entre o homem pecador e o Deus santíssimo, salientando os atributos do Senhor. Sua misericórdia e fidelidade são exaltados pelo salmista “A tua misericórdia, Senhorestá nos céus, e a tua fidelidade chega até às mais excelsas nuvens” (verso 5), assim como sua justiça, firme e inabalável como as mais altas montanhas, e seus juízos, aos quais seu Filho sofreu em lugar dos pecadores “A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo. Senhor, tu conservas os homens e os animais” (verso 6). O salmista prossegue por exaltar a benignidade de Deus, exercida sobre os homens de forma imerecida e inexplicável por parte de suas criaturas, mas eterna e imutável, como o próprio Deus, fazendo com que o salmista a exalte “Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade, pelo que os filhos dos homens se abrigam à sombra das tuas asas” (verso 7). A provisão de Deus aos homens não é esquecida, fruto da bondade do Senhor “Eles se fartarão da gordura da tua casa, e os farás beber da corrente das tuas delícias” (verso 8), como também a dádiva da vida, dada e mantida pela bondade do Senhor “Porque em ti está o manancial da vida; na tua luz veremos a luz” (verso 9).

Por fim, o salmista reconhece a necessidade da ação deste Deus maravilhoso na vida dos homens “Estende a tua benignidade sobre os que te conhecem, e a tua justiça sobre os retos de coração” (verso 10), rogando ao Senhor que o livre dos homens maus “Não venha sobre mim o pé dos soberbos, e não me mova a mão dos ímpios” (verso 11). A certeza da resposta do Senhor permite ao salmista contemplar a derrota dos homens ímpios em seus maus intentos e o juízo que se abate sobre eles “Ali caem os que praticam a iniquidade; cairão, e não se poderão levantar” (verso 12).

É impossível lermos o salmo 36 sem exaltar a Jesus, o mediador entre Deus e os homens. Somente Ele é capaz de aproximar tão ímpios pecadores de um Deus tão grandioso. Que sua excelsa verdade jamais seja esquecida “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14.6).

 

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