Devocional 07\05\2021 A NECESSIDADE DE MAIS CONSOLADORES


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

07\05\2021

TÍTULO

A NECESSIDADE DE MAIS CONSOLADORES

TEXTO

O leitor atento das Escrituras encontra nos versos iniciais da segunda carta do apóstolo Paulo aos salvos em Corínto uma referência a pessoa de nosso Deus capaz de conceder esperança ao mais débil coração ao nos dizer “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação” (2 Coríntios 1.3). Além de Deus e Pai de nosso bendito salvador, nosso Deus também é chamado neste verso de “Pai das misericórdias”, revelando sua compaixão diante do desamparo e sofrimento humano, levando reter sua ira contra o pecado e concedendo misericórdia ao pecador. Ele também é identificado como “O Deus de toda consolação”, ou seja, aquele que concede encorajamento e consolo a seus filhos por meio de sua palavra e de seu Santo Espírito. Porém o apóstolo vai além desta encorajadora revelação ao nos dizer o que este maravilhoso Deus deseja de seus servos Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus” (2 Coríntios 1.4). Deus quer que seus filhos usem da experiência adquirida em meio as tribulações a fim de também abençoarem aqueles que, assim como eles, são alvo das aflições desta vida. Por isso, observemos com atenção esta instrução do Senhor.

Primeiramente, reconheçamos o valor instrutivo das aflições que provamos em nossa própria vida, como nos ensina o apóstolo, ao nos dizer que nosso Deus “...nos consola em toda a nossa tribulação”.  É através das aflições experimentadas que os salvos aprendem na prática verdades reveladas na Bíblia, tornando-se capazes de regozijar-se nelas. Um bom exemplo disto é o ensino de Paulo aos romanos, tão bem conhecido pelos leitores bíblicos E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8.28). Somente a prática de provar do consolo do Senhor em meio as aflições pode capacitar o salvo a ser usado como instrumento de Deus a fim de consolar aos que sofrem, como bem nos ensina o salmista Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos” (Salmos 119.71). Você só será capaz de consolar a outros que passam por aflições se tiver aprendido o valor das aflições.

É importante também atentar-nos para outro ponto importante nesta questão: não basta que aprendamos a respeito da importância da consolação, é preciso que pratiquemos esta verdade em relação as outras pessoas, como bem o apóstolo Paulo nos ensinou “...para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação”. O objetivo do Senhor ao nos instruir a respeito da importância da consolação é nos levar a enxergar as aflições alheias como uma oportunidade de serviço, como bem Tiago nos ensina em sua epístola “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento cotidiano, E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?” (Tiago 2.14 a 16). O ministério de consolação é prático em sua essência, utilizando de todas as oportunidades possíveis a fim de exerce-lo. Finalmente, Paulo completa seu argumento ao nos dizer que devemos servir aos outros “...com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus”, ou seja, o instrumento que devemos usar é o mesmo que o próprio Deus usou conosco. A maneira prática através da qual fazemos isso é testemunhando aqueles que passam por aflições que a Palavra de Deus nos encorajou em meio as lutas, como nos ensina o salmista “Se a tua lei não fora toda a minha recreação, há muito que pereceria na minha aflição” (Salmos 119.92).

Em um tempo tão difícil, que encontremos cristãos dispostos a este labor!

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