Devocional 16\05\2021 COMO AGIR QUANDO POUCO TEMPO NOS RESTA


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

16\05\2021

TÍTULO

COMO AGIR QUANDO POUCO TEMPO NOS RESTA

TEXTO

A leitura do sétimo capítulo da primeira epístola do apóstolo Paulo aos salvos em Corínto esboça de forma espiritual e prática a dicotomia entre o casamento e o celibato, não denegrindo nenhuma destas posições, mas as considerando à luz da vida de dedicação que se espera dos salvos em Cristo. É por isso que, em meio a sua argumentação, Paulo lança mão de um princípio espiritual importantíssimo e que deve nortear a vida dos salvos em todo tempo, assim nos exortando “Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se não as tivessem; E os que choram, como se não chorassem; e os que folgam, como se não folgassem; e os que compram, como se não possuíssem; E os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa” (1 Coríntios 7.29 a 31). É bom darmos ouvidos a exortação do apóstolo.

Primeiramente notemos que Paulo deseja incutir em seus ouvintes a noção da iminente volta do Senhor Jesus a fim de resgatar sua igreja, ao nos disser “Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia” (1 Coríntios 7.29). Reconheçamos que, ao exortar-nos desta forma em um capítulo destinado a instruir os salvos quanto a importância do matrimônio, em momento algum Paulo defende o desinteresse pelo casamento ou as responsabilidades para com a família. Seu ensino é que os salvos em Cristo devem estar atentos as realidades espirituais acima das realidades terrenas, de forma que as coisas celestiais governem e determinem as coisas terrenas. Em suma, Paulo deseja nos despertar da mesma forma que havia feito para com os cristãos em Roma, ao lhes escrever “E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé” (Romanos 13.11).

A fim de fortalecer esta consciência de urgência quanto a prioridade da vida cristã, Paulo lança mão de exemplos práticos de como os salvos devem agir em relação ao pouco tempo que lhes resta até que a igreja seja finalmente arrebatada. Aos casados ele exorta “o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se não as tivessem”, a fim de que conduzam seu matrimônio tendo em vista Cristo e sua glória em primeiro lugar. Também aqueles que provam de dores e sofrimentos neste mundo Paulo diz “E os que choram, como se não chorassem”, exortando-os a não se deixarem abater pelas calamidades vivenciadas nesta vida a ponto de vive-las de tal forma que não os impeçam de servir ao Senhor. Da mesma forma devem agir aqueles que tem, pelo seu esforço, alcançado realizações nesta vida, aos quais Paulo diz e os que folgam, como se não folgassem”, fazendo-os reconhecer que toda realização humana pertence unicamente a este mundo. Também aqueles que prosperam em seus negócios neste mundo Paulo diz que a atitude que se espera deles é “e os que compram, como se não possuíssem”, de forma que a prosperidade financeira não absorva toda expectativa de seu coração. Finalmente, o apóstolo olha para toda manifestação de materialismo que possa ser encontrada na vida humana a fim de nos disser “E os que usam deste mundo, como se dele não abusassem”. A intenção do apóstolo é chamar os salvos a uma mudança de mentalidade, de uma mentalidade baseada neste mundo para um a uma mentalidade celestial.

Por fim, Paulo expõe a razão de exortar os salvos a este comportamento, ao nos disser “porque a aparência deste mundo passa”, ou seja, tudo que existe neste mundo e que pode servir de base para pensamentos e propósitos dos salvos, deve ser encarado como algo instável e passageiro. Esta é apenas uma outra forma de expressar a verdade nos ensinada pelo Mestre em seu sermão da montanha Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33).

Que saibamos dar ouvidos a exortação do Senhor.

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sermão O DIA DE AMANHÃ PERTENCE SOMENTE A DEUS (texto na íntegra)