Devocional 23\05\2021 O MÉTODO DO MESTRE A FIM DE CONVENCER OS HOMENS DE SUA REAL CONDIÇÃO ESPIRITUAL


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

23\05\2021

TÍTULO

O MÉTODO DO MESTRE A FIM DE CONVENCER OS HOMENS DE SUA REAL CONDIÇÃO ESPIRITUAL

TEXTO

Quando Jesus veio a este mundo, o povo a quem primeiramente fora enviado vivia a séculos debaixo de códigos e regras adotados a partir da lei que lhes fora entregue por Moisés. Tais regras eram reconhecidas e obedecidas principalmente por escribas e fariseus, que as usavam a fim de confrontar Jesus, como vemos no evangelho de Mateus “Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos quando comem pão” (Mateus 15.2). É muitíssimo interessante e instrutivo observar a forma como o Mestre lidou com situações como esta, reconhecendo como este comportamento representava amarras difíceis de serem quebradas na vida daqueles homens. Que aprendamos com a sabedoria e amor do Mestre.

Um primeiro exemplo da estratégia usada por Jesus a fim de confrontar a atitude legalista dos judeus pode ser vista no capítulo dez do evangelho segundo Lucas, quando um doutor da lei tentou a Jesus lhe questionando sobre o que deveria fazer a fim de herdar a vida eterna (Lucas 10.25). Jesus lhe respondeu com outra pergunta a respeito de como ele entendia o ensino veterotestamentário a este respeito, ao que ele respondeu citando o mandamento de amar a Deus e ao próximo, tendo então Jesus lhe dito “Faze isso e viverás” (Lucas 10.28). Ciente que Jesus havia vencido aquele debate o homem lhe indaga “Quem é o meu próximo?” (Lucas 10.29), ao que Jesus não lhe responde diretamente, mas através de uma parábola que bem conhecemos, falando sobre a atitude de um samaritano que usou de bondade para com um homem que havia sido espancado por salteadores. A parábola demonstra que já um sacerdote e um levita haviam passado pelo homem moribundo e lhe ignorado, mas que o samaritano não lhe negara auxílio, pagando do próprio bolso os cuidados necessários à sua recuperação. A pergunta de Jesus ao doutor da lei foi direta “Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?” (Lucas 10.36), ao que ele não pode escusar de responder que havia sido aquele que usou de misericórdia para com ele. Não foi necessário que Jesus entrasse em uma inútil disputa de argumentos, uma vez que a consciência do doutor da lei já havia realizado seu trabalho. Ao Mestre bastou dizer “Vai, e faze da mesma maneira” (Lucas 10.37).

Encontramos outro exemplo desta forma de agir do Mestre no capitulo vinte e um do evangelho de Mateus, onde encontramos mais uma vez os judeus a indagar Jesus, desta feita a respeito da autoridade com a qual realizava milagres. Fiel a seu método, o Mestre lhes responde com outra pergunta, a qual não foram capazes de responder. A fim de lhes despertar a consciência endurecida, Jesus lhes conta uma parábola. Certo pai tinha dois filhos, e a um deles mandou que fosse trabalhar na vinha, ao que o filho respondeu que não iria, mas depois, arrependido foi. Também ao segundo filho deu esta ordem, a que lhe respondeu que iria, mas não cumpriu o que o pai havia determinado. A questão de Jesus aos judeus foi direta “Qual dos dois fez a vontade do pai?(Mateus 21.31), ao que, acusados pela própria consciência, respondem ser o primeiro. Jesus então lhes faz perceber, sem disputas de argumentos, a gravidade da atitude negativa deles para com o evangelho.

Devemos reconhecer que Jesus apelou ao senso de certo e errado daqueles homens do modo como o apóstolo Paulo revela aos salvos em Roma “Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os” (Romanos 2.15). Ao pedir que eles mesmos julgassem a melhor atitude, Jesus permitiu que se incriminassem a si mesmos.

Que aprendamos com o Mestre que, ao invés de disputas e discussões inúteis a respeito de questões onde as pessoas não estão dispostas a reverem seus conceitos pecaminosos, o uso das faculdades da consciência será o caminho mais promissor a fim de revelar-lhes a verdade.

 

 

 

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