Devocional 24\05\2021 AS OBRAS QUE IDENTIFICAM O REINO AO QUAL PERTENCEMOS
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
24\05\2021
TÍTULO
AS OBRAS QUE IDENTIFICAM O REINO AO QUAL PERTENCEMOS
TEXTO
A fé que uma vez foi
entregue aos santos carrega consigo verdades inegociáveis, entre elas a salvação
pela graça, excluindo qualquer obra meritória realizada pelo ser humano, como
base da eterna salvação concedida aos que, em verdadeiro arrependimento,
depositam sua confiança em Jesus Cristo como seu único e suficiente salvador,
como bem o apóstolo Paulo descreveu aos salvos em Éfeso “Porque pela graça sois salvos, por meio
da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se
glorie” (Efésios 2.8,9). Porém, no
verso seguinte Paulo trata de colocar as obras em seu devido lugar como
resultado do novo nascimento operado pelo Espírito Santo de Deus em todo aquele
que crê “Porque somos feitura sua, criados em
Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos
nelas” (Efésios 2.10). Ou
seja, as ações de um ser humano identificam claramente o reino a que pertencem,
se ao rei da luz, capitaneado por Cristo e sua glória, ou ao reino das trevas, escravizado
pelo pecado e tendo em Lúcifer sua expressão maior. Tal verdade é mais profundamente
explorada pelo apóstolo Paulo no segundo capítulo de sua epístola aos salvos em
Roma, em sua doutrinação quanto ao justo juízo de Deus sobre os homens, quando
nos diz que o Senhor “... recompensará cada um segundo as
suas obras; a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória,
honra e incorrupção; mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à
verdade e obedientes à iniquidade” (Romanos 2.6 a 8).
Em primeiro lugar, este texto nos ensina que o juízo de Deus sobre o ser
humano é absolutamente individual e se dará de acordo com as obras de cada um
como uma comprovação clara e inequívoca do reino a qual servem e pertencem. Em momento
nenhum Paulo nos diz que tais obras possuem o poder de perdoar os pecados de um
ser humano ou de lhe conceder a justiça necessária para sua salvação, a função
das obras é revelar aquilo que Jesus já havia nos ensinado “Portanto, pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7.20). Paulo então passa a
descrever os participantes de cada um destes reinos a partir de três atitudes
visíveis neles: sua atitude para com Deus, a propensão de suas vidas e a
conduta que os caracteriza.
Em relação aos salvos em Cristo o apóstolo nos diz
que sua atitude para com Deus demonstra que “procuram glória,
honra e incorrupção” (Romanos 2.7), ou seja, o objetivo de suas
ações é glorificar e honrar a pessoa de Deus, vivendo de tal forma separados
das contaminações deste mundo a fim de demonstrar sua filiação. Todo salvo
também revela sua propensão a perseverança neste caminho, conduzindo sua vida
na prática do bem a seu próximo, como descrito por Paulo “com perseverança
em fazer bem”. Já em relação a todos aqueles que se mantém em sua incredulidade,
o apóstolo diz que são “contenciosos” (Romanos 2.8), ou seja, vivem em
uma atitude de permanente oposição a pessoa de Deus, tendo como tendência em
seu viver serem “desobedientes a verdade e obedientes a iniquidade”, demonstrando
que sempre se posicionarão em contrariedade aos princípios da palavra de Deus. Ao
dizer que tal homem “faz o mal”, Paulo demonstra que a conduta de tais
pessoas é danosa e prejudicial aqueles que a cercam.
Finalmente, é mediante a manifestação de tais obras que o apóstolo pode
nos dizer o resultado que cada um colherá de sua própria conduta. Aos salvos
ele diz “Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem” (Romanos
2.10), mas aos injustos sua declaração é “Tribulação e angústia sobre toda a
alma do homem que faz o mal” (Romanos 2.9). Que cada um julgue a si mesmo, reconhecendo
sua própria condição e a clara exortação dirigida a todos os homens “sabemos
que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem”
(Romanos 2.2).
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