Devocional 31\05\2021 O SIGNIFICADO DA EXPRESSÃO ADOÇÃO DE FILHOS NA BÍBLIA
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
31\05\2021
TÍTULO
O SIGNIFICADO DA EXPRESSÃO ADOÇÃO DE
FILHOS NA BÍBLIA
TEXTO
É até certo ponto
compreensível que os leitores das sagradas Escrituras entendam de forma literal
expressões usadas pelos autores bíblicos que, dentro de seu tempo, eram
corretamente entendidas dentro de seu próprio contexto, mas que em nossa
cultura moderna assumem significados muito diferentes do que aquele apontado na
palavra de Deus. Tal fato pode ser observado na expressão usada pelo apóstolo
Paulo na sua epístola aos salvos em Éfeso “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo,
para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Efésios 1.5). Na linguajem comum de hoje a expressão
adoção tem o sentido de colocar como filhos um que realmente não é filho, porém
a palavra usada pelo apóstolo Paulo não possui esta ideia. A expressão “adoção de filhos” é a tradução de uma
só palavra que significa colocar como filho e em todas as vezes em que é usada
aplica-se a pessoas que já foram salvas pela fé, sendo já reconhecidas como
filhos de Deus.
Devemos
primeiro observar que a palavra adoção é usada também em relação a nação de
Israel na epístola de Paulo aos romanos “Que são israelitas, dos quais é a
adoção de filhos” (Romanos 9.4). A
mesma expressão também é encontrada na epístola aos gálatas “Para remir os
que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gálatas
4.5). Ambas passagens revelam que no Velho Testamento Deus lidou com a nação de
Israel na posição de filhos menores, literalmente meninos, que necessitavam da
condução de um tutor. A Lei de Moisés serviu como este tutor enquanto guiava o
povo de Deus. A nova aliança prometida a nação de Israel por intermédio do
profeta Jeremias (capítulo 31, versos 31 a 34) demonstra que chegaria um tempo
em que Deus faria um novo concerto com eles, no qual não seria mais necessário
a figura de um tutor. Esta mudança de posição, de filhos menores para filhos
adultos dentro da família de Deus é chamada de adoção de filhos, ou seja, um
filho por nascimento é então colocado na posição de filho adulto. Este
privilégio foi oferecido a Israel por meio da fé em Jesus Cristo como seu
salvador, o que a imensa maioria deles rejeitou.
Porém é preciso que observemos que a mesma expressão, adoção, também é
utilizada em relação a igreja de Cristo, como na epístola aos efésios “E nos predestinou para
filhos de adoção por Jesus Cristo” (Efésios
1.5). Em referência aos salvos da igreja é preciso reconhecer que todos eles se
tornaram filhos de Deus de um mesmo e único modo, o novo nascimento, como
citado no evangelho de João “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o
poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome” (João 1.12). Como pertencentes ao corpo de
Cristo, os salvos têm o privilégio de adentrar imediatamente na condição de
filhos adultos, como citado pelo apóstolo Paulo em sua epístola aos romanos “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos
de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em
temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba,
Pai. O próprio Espírito testifica
com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8.14 a 16). A palavra usada pelo
apóstolo no verso 14 para filhos designa filhos adultos no exercício de seus
privilégios, de tal forma que podemos assim lê-la “Porque todos os que são
guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos adultos de Deus” (verso
14); já no verso 16 a palavra usada para filhos designa filhos nascidos, de tal
forma que assim a compreendemos “O próprio Espírito testifica com o nosso
espírito que somos filhos nascidos de Deus” (verso 16).
Portanto, a expressão
adoção de filhos refere-se não ao modo pelo qual os salvos adentram a família
de Deus, mas sim a sua posição elevada como filhos de Deus.
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