Devocional 02\06\2021 A ATITUDE DOS HOMENS QUE ENCHE DE ALEGRIA O CÉU
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
02\06\2021
TÍTULO
A ATITUDE DOS HOMENS QUE ENCHE DE ALEGRIA
O CÉU
TEXTO
O décimo quinto capítulo
do evangelho de Lucas reveste-se de um verdadeiro manancial para os atentos
leitores das sagradas Escrituras. Há neste capítulo, além das preciosas
parábolas relatadas pelo Senhor, uma preciosa revelação que deve tomar nossa atenção,
uma vez que nos permite perceber algo além do véu que nos separa da celestial
habitação de Deus, e que nos foi proferida pelos benditos lábios do Salvador “Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador
que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de
arrependimento” (Lucas 15.7). O Senhor Jesus nos revela que o
arrependimento de um ser humano pecador tem o poder de provocar uma
manifestação de alegria nos céus, o que deve também nos levar a nos regozijarmos
diante desta maravilhosa verdade. Se o arrependimento de um pecador é de tal
forma recebido no céu, isso nos deve conduzir a um entendimento bíblico de seu
real significado, ao que a parábola do filho pródigo, relatada neste mesmo
capítulo do evangelho segundo Lucas, muito tem a nos ensinar.
Primeiramente, nossa
atenção se volta ao jovem filho já convicto de seu arrependimento em meio aos
duros acontecimentos que vivenciou na terra longínqua, decidido a
reconciliar-se com seu pai “Levantar-me-ei,
e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti” (Lucas
15.18). O que percebemos na atitude deste jovem nos permite traçar uma linha
segura quanto ao que caracteriza o verdadeiro arrependimento, diferenciando do
inútil remorso praticado por Judas Iscariotes. É patente o reconhecimento do
jovem quanto a bondade sempre demonstrada por seu pai, fato que o leva a
recordar-se
“Quantos jornaleiros de meu pai têm
abundância de pão”, ao mesmo tempo que reconhece sua própria miséria “e eu aqui pereço de fome!”. Movido por tais convicções, o jovem sabe o
que deve ser feito “Levantar-me-ei, e
irei ter com meu pai”. Sua anterior arrogância agora é substituída pela
humilde confissão “Pai, pequei contra o
céu e perante ti”, assim como pelo reconhecimento da justa consequência
sobre seus atos “Já não sou digno de ser
chamado teu filho”. Se ao abandonar seu
pai seu pedido foi “Dá-me a parte dos
bens que me pertence”, ao retornar seu desejo é um só “faze-me como um dos teus”.
A citada alegria que ocorre no céu pelo arrependimento de um pecador é
revelada na atitude do pai deste jovem, que em momento algum desprezou o
rebelde moço, antes o recebe com imensa compaixão “... e, quando ainda estava
longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe
ao pescoço e o beijou” (Lucas
15.20). O pai vai além, ao honrar o jovem de uma forma surpreendente,
restituindo-lhe o lugar de filho “Trazei depressa a melhor roupa; e
vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés” (Lucas 15.22). A justificativa do pai para
tamanha demonstração de afeto é revelada por Lucas “Porque este meu filho
estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a
alegrar-se” (Lucas 15.24).
Como é importante reconhecermos
que em momento algum a parábola do filho pródigo trata de méritos ou de
merecimentos, nos lembrando que a única exigência aos pecadores é que
arrependam, refugiando-se no bom Salvador A manifestação da graça de Deus é contemplada
de forma superabundante, de forma que a atitude do pai deste jovem torna-se uma
metáfora da atitude de Deus para com o pecador. Portanto, jamais nos enganemos, o bondoso Deus estará sempre pronto
a receber o pecador arrependido, como bem nos lembra o salmista “Os
sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração
quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Salmo
51.17)
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