Devocional 04\06\2021 A PRÁTICA DO CONTENTAMENTO NA VIDA CRISTÃ


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

04\06\2021

TÍTULO

A PRÁTICA DO CONTENTAMENTO NA VIDA CRISTÃ

TEXTO

Entre os escritos do Novo Testamento, a epístola do apóstolo Paulo aos filipenses nos permite vislumbrar o grande apóstolo aos gentios em sua condição espiritual mais elevada, mesmo que sua condição pessoal fosse a mais grave possível, uma vez que, ao escrever esta carta, Paulo encontrava-se preso e prestes a se tornar um mártir. O quarto capítulo de sua segunda carta a Timóteo, escrita nesta mesma condição, nos informa que o abandono e a desconsideração por parte dos seus, fez com que o apóstolo enfrentasse o fim de sua carreira apoiado por poucos de seus colaboradores. Entre estes colaboradores destacam-se os salvos em Filipos, que destinaram a Paulo uma generosa oferta neste período, a qual ele faz questão de agradecer nesta última porção de sua carta aos filipenses, como ficou registrado Ora, muito me regozijei no Senhor por finalmente reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade” (Filipenses 4.10). Em seu registro de gratidão aos filipenses, Paulo nos permite vislumbrar uma de suas grandes marcas, o contentamento independente das circunstâncias, o que faremos bem em examinar.

Primeiramente, o apóstolo nos permite perceber sua condição, ao escrever “Não digo isto como por necessidade, porque  aprendi a contentar-me com o que tenho” (Filipenses 4.11). Paulo era um homem que aprendeu a demonstrar contentamento em qualquer condição, como nos revela no verso seguinte “Sei estar abatido, sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade” (Filipenses 4.12). Paulo provou de ambos os extremos de condição, da abundância a necessidade, da fartura a fome, sem que nenhuma destas coisas o dominasse. Quando em pobreza Paulo não se deixou dominar pela amargura e quando em fartura ele não se deixou dominar por um sentimento de superioridade. Sua fidelidade a Deus não dependia das circunstâncias a qual enfrentava, e sua alegria no Senhor era provada independente das condições que ele enfrentava, isso é contentamento.

Estes dois versos citados também nos revelam a forma pela qual Paulo chegou a esta condição de estar contente em toda circunstância. No verso onze ele nos diz que “...  aprendi a contentar-me com o que tenho” (Filipenses 4.11), e no verso doze “... e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome” (Filipenses 4.12). Vemos claramente que o contentamento que Paulo provava era algo que ele aprendeu em sua experiência cristã, algo que lhe foi acrescentado mediante uma vida de dependência no Senhor. Talvez o maior exemplo desta verdade seja sua experiência com o espinho na carne, o qual lhe foi acrescentado a fim de que não viesse a se exaltar mediante as revelações concedidas. Por três vezes Paulo pediu ao Senhor que retira-se dele está circunstância que lhe desfavorecia, e por três vezes o Senhor lhe respondeu que não, lhe revelando seu propósito e sua graça. Ao entender estas verdades, Paulo pode enfim descansar na providência do Senhor, como nos diz De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte” (2 Coríntios 12.9.10).

Foi por intermédio deste contentamento que Paulo pode perceber e nos ensinar o resultado de não sermos dominados pelas circunstâncias ao nos disser Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Filipenses 4.13). Seu contentamento era resultado do poder de Cristo agindo nele. Está é a verdade que nos faz descansar no Senhor em toda e qualquer circunstância.

 

 

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