Devocional 05\06\2021 O REMÉDIO AO ABATIMENTO NA ALMA
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
05\06\2021
TÍTULO
O REMÉDIO AO ABATIMENTO NA ALMA
TEXTO
A sequidão de espírito é
um mal possível de ser provado por qualquer dos filhos de Deus, de forma que
nenhum deles pode se imaginar livre desta dura experiência. Encontramos no
Salmo 42 uma preciosa referência aos dias difíceis que podem vir a se abater
sobre nós sem qualquer aviso prévio, de forma que faremos bem em dar ouvidos ao
clamor do salmista.
O salmo se inicia com uma
declaração de desejo e dependência do salmista para com Deus, descrita em
termos poéticos “ASSIM como
o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó
Deus! A minha alma tem sede
de Deus, do Deus vivo” (versos 1,2).
É visível o ardente desejo deste homem por experimentar a presença do Senhor e
assim saciar sua alma. Fica evidente que temos diante de nós alguém que não se
contentava com a simples aparência religiosa tão comum e satisfatória a maioria
de nós. Este homem desejava mais, e o desejava ardentemente. Porém havia algo a
impedi-lo em seu intento, de tal forma que ele levanta um sincero clamor “...
quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” (verso 2). É
incerto que o salmista se refira explicitamente ao templo em Jerusalém, símbolo
maior da presença do Senhor em meio a seu povo. Seu desejo é pela comunhão com
a pessoa de seu Deus, é isto que ele busca.
O terceiro versículo deste Salmo deixa transparecer que algo no próprio
salmista era o real empecilho a desejada comunhão, como ele mesmo diz “As
minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem
constantemente: Onde está o teu Deus?” (verso 3). Aparentemente o salmista
passa por um período em que Deus parece estar oculto a seus olhos, o que torna
sua dor a cada dia mais insuportável “Quando me lembro disto, dentro de mim
derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão. Fui com eles à casa de
Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava” (verso 4). O verso seguinte nos permite saber
que aquilo que lhe impedia de gozar da plena comunhão com o Senhor não era algo
exterior ou alguma enfermidade que atingia seu corpo, o problema estava em sua
alma, a tal ponto que ele clama a si mesmo em busca de uma resposta “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te
perturbas em mim?... Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida” (versos 5,6).
A condição de desânimo e abatimento é descrita
pelo salmista de forma muito realista ao dizer que “... todas as tuas ondas
e as tuas vagas têm passado sobre mim” (verso 7). O salmista enfrenta duras
provas, pois de um lado o aparente descaso da parte de Deus lhe causa dor, e
por outro o escárnio de seus inimigos tem aumentado seu sofrimento, como nos
diz “Por que te esqueceste de mim? Por que ando lamentando por causa da
opressão do inimigo? Com ferida mortal em meus ossos me afrontam os meus adversários,
quando todo dia me dizem: Onde está o teu Deus?” (versos
9,10). Finalmente, o salmista encontra forças para novamente questionar a si
próprio “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro
de mim?” (verso 11). Sua resposta demonstra que mesmo em meio ao
abatimento espiritual sua fé permanece convicta quanto a quem irá lhe livrar
das cruéis armadilhas em sua própria alma, ao dizer “Espera em Deus, pois
ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu
Deus” (verso 11).
Centralizar Deus e não a nós mesmos em nosso
coração sempre será o definitivo remédio contra o abatimento na alma.
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