Devocional 11\06\2021 COMO APRENDER A AMAR PESSOAS INVISÍVEIS
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
11\06\2021
TÍTULO
COMO APRENDER A AMAR PESSOAS INVISÍVEIS
TEXTO
A leitura dos evangelhos
tem como propósito central apresentar a pessoa e obra de Jesus Cristo, o filho
de Deus, em meio a um contexto histórico, geográfico e cultural que não nos
deve passar desapercebido. Jesus vivia em meio a sua gente, relatada nos
evangelhos como um povo escravizado e em sua maior parte miserável. Este fato
não passou desapercebido aos olhos de Jesus cujo comportamento para com estas
pessoas foi absolutamente o oposto ao praticado pelos líderes judaicos de seu
tempo. Faremos bem em observar como Jesus se relacionava com uma multidão de
pessoas invisíveis ao estado e a religião daqueles dias.
Primeiramente,
reconheçamos a compaixão de Jesus em reconhecer e dialogar com pessoas
invisíveis aos líderes religiosos judeus, como nos é descrito por Mateus “E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram
muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos. E os fariseus,
vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre
com os publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos,
mas, sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não
sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao
arrependimento” (Mateus 9.10). Jesus conhecia a real necessidade
daquelas pessoas, mesmo que aos olhos da elite religiosa judaica isso parecesse
algo incoerente. Sua missão salvadora nivelava todos os homens em um mesmo
patamar, sem discrimina-los por grupos ou classes. Onde os fariseus viam
merecimento e privilégios, Jesus via a necessidade de misericórdia.
Outro fato que nos chama
a atenção quanto ao comportamento de Jesus em relação as pessoas de seu tempo é
sua capacidade de quebrar paradigmas firmemente estabelecidos em sua sociedade,
como no fato narrado por Lucas “E aconteceu que, indo
ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galileia; E, entrando numa certa
aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe; E levantaram a voz,
dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E
aconteceu que, indo eles, ficaram limpos” (Lucas 17.11 a 14). Pessoas leprosas
deveriam ser imediatamente excluídas da sociedade, eram literalmente
considerados mortos-vivos, separados de suas famílias e impossibilitados de
participarem da vida religiosa. Pois também a estes esquecidos e invisíveis a
sociedade Jesus demonstrou seu amor, curando-os de seu mal.
Possivelmente a narrativa
bíblica que mais nos permita perceber esta característica na pessoa de Jesus
seja a relatada por Mateus no nono capítulo de seu evangelho “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas
deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e
moléstias entre o povo. E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam
cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor” (Mateus 9.35,36). Jesus
andava onde os líderes judeus se negavam a ir, e por isso mesmo era capaz de
enxergar mazelas que os orgulhosos fariseus preferiam ignorar. Jesus não
somente curou seu povo, mas se fez acessível a eles, demonstrando algo que
possivelmente jamais tivessem sentido, em Jesus aquelas pessoas invisíveis
encontraram compaixão.
Que reconheçamos que o evangelho nos chama a esta
mesma atitude ao firmemente nos exortar “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também
em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas fez a si mesmo de
nenhuma reputação, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Filipenses
2.5 a 7). Que o exemplo do Mestre nos desperte a amar aqueles que este mundo
considera pessoas invisíveis.
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